segunda-feira, dezembro 30, 2013

Minha primeira maratona

Maratona de Santa Catarina

Finalmente resolvi falar da minha estreia na maratona. Dois motivos me fizeram demorar tanto (3 meses) pra contar como foi, o primeiro foi o dia-a-dia agitado, com aulas na faculdade, trabalhos e provas. O segundo e mais emblemático, é que não encontrei palavras que pudessem descrever o que realmente foi pra mim percorrer aqueles 42.195m, parece clichê, eu sei, mas é verdade, não sabia o que dizer.

Foi um sonho realizado, mas não necessariamente um sonho, o que vivi era realidade nua e crua. Alcançar aquela linha de chegada foi muito além de estrear em uma Maratona. A superação, os treinos, as lesões, momentos de dúvidas e sustos, tudo que aconteceu antes e durante essa jornada, as pessoas que me ajudaram, acompanharam, incentivaram, tudo acabou se tornando uma experiência de vida inigualável.

Pude confirmar com minhas próprias pernas que a melhor parte de uma Maratona não são aqueles 42km que você corre com número no peito e chip no pé, mas toda jornada que passamos para chegar até aquele dia da corrida. Simplesmente mudamos o modo de ver o mundo, tudo fica mais perto, sentimos novas dores, enfrentamos dificuldades como correr no frio as 22:00 enquanto a maior parte da cidade descansa, mas vemos tudo como o caminho da felicidade, de uma forma inexplicávelmente viciante. É antagônico, eu sei, mas a jornada até uma maratona definitivamente não é o lugar onde você encontrará sentido para as coisas.

Durante os 42km que percorri sofridamente em 4h52', passei por diversas experiências que jamais pensei que encontraria numa maratona. Idealizei a prova de um jeito, mas ela aconteceu de uma forma totalmente diferente. Talvez essa expectativa criada, tenha me frustrado um pouco, mas com o passar dos dias depois da prova, me dei conta que justamente no inesperado é que estavam as histórias da minha primeira maratona.

A fita que descolou e incomodou nos primeiros quilômetros, a companhia da Juliana até o km 12, o calor infernal que me desidratou, as cãibras desde o km 27, a ajuda e incentivo dos amigos durante os momentos mais difíceis, a amizade e cumplicidade que surge com aquele corredor que você nunca viu na vida, a contagem regressiva até o final da prova, tudo está gravado na minha história, na minha vida desde o dia 29/09/2013.

Durante os treinos, visualizava a minha chegada na maratona como um momento de muitas lágrimas e emoção, até comemoração coreógrafada eu tinha planejado, mas a realidade foi um pouco diferente. O que senti quando corri aqueles últimos 200m rumo ao portal de chegada, foi uma sensação de alívio, um sentimento de missão cumprida, de superação, além é claro de um cansaço imenso. Não vieram as lágrimas, talvez porque elas tenhas ido embora durante a corrida em forma de suor, mas tudo que senti foi convertido num grito que colocou pra fora tudo que restava de ar nos meus pulmões e serviu como prova da garra que tive pra ultrapassar meus limites e me tornar um maratonista.

Mas a minha maratona só terminou de verdade 2 minutos depois de eu chegar, quando eu estava tirando o chip dos tênis e vi a Juliana chegando, naquele momento sim, tudo estava completo. Se eu me superei, ela se superou em dobro, se eu mereci, ela mereceu infinitamente mais. Ver ela completar a tão sonhada maratona, foi pra mim a coisa mais importante naquele dia.

Tenho muita coisa pra contar sobre a experiência de ter corrido uma maratona. E o blog será certamente o local onde vou compartilhar estas experiências. Mas posso dizer que de nada adianta escutar o que os outros tem pra dizer sobre correr uma maratona. O que ela significa, o que ela te faz sentir, o quanto ela pode te transformar, só vai descobrir quem correr os 42.195m.

 

 

quinta-feira, setembro 26, 2013

Uma maratona de emoções e homenagens

Primeira Maratona

Ok, preparem-se, este post está engasgado faz algum tempo, mais precisamente desde que decidi definitivamente que iria correr minha primeira maratona.

Digo engasgado, pois o assunto deste post foi o grande combustível pra encarar a longa e árdua jornada de tentar me tornar um maratonista. Pra entenderem melhor, é sobre o que me fez agarrar com unhas e dentes a chance de encarar os 42.195m no dia 29/09.

A 2 anos atrás, eu perdi uma das pessoas que mais me deu amor em toda minha vida, e que naturalmente me fez ter admiração e um amor recíproco inigualável. Minha Vó Dolores, foi meu maior suporte na construção de quem eu sou hoje. Deixar de tê-la ao meu lado foi a perda de alguém que conhecia minha essência e sempre me ajudava a entender as coisas da vida. Naquela época, cheguei a escrever um post em homenagem a ela [ link para o post ].

Um dos maiores legados que ela deixou em minha vida foi a paixão pelo esporte. Se hoje sou um viciado em esportes, devo muito a tudo que vivi ao lado da minha vó.

DSCN15801Quando comecei a participar de corridas, a 2,5 anos atrás, ligava pra ela pra contar onde eu e a Juliana (de quem ela era fã!) tínhamos corrido. Ela não entendia muito bem, mas ficava feliz de saber que o neto ainda praticava esportes e principalmente por ver a Juliana encarando os mesmos desafios de um marmanjo como eu. Lembro como se fosse hoje ela dizendo: “Garanto que ela chegou na tua frente!”

Em outubro de 2011, ela não resistiu ao 3º tratamento contra o câncer em menos de 10 anos. Nas últimas conversas que tive com ela, já era perceptível a fraqueza psicológica em enfrentar uma doença fdp como essa. Escutei dela mesmo que não aguentava mais as sessões de quimioterapia, mas aceitou encarar mais uma vez pelo simples amor a vida. Ela não queria morrer, e se emocionava ao perceber que não adiantava querer. Quase sempre desligava o telefone de repente como se não quisesse demonstrar a fraqueza que sentia, mas sempre terminava dizendo um “te amo” que me fazia chorar também.

Em Nova York (março de 2012), na noite anterior a nossa estreia na meia maratona, foi inevitável lembrar dela. Junto com a Jú, lembrei como ela ficaria feliz e orgulhosa de nos ver lá, afinal, foi ela que me ensinou a sonhar grande e principalmente correr atrás dos sonhos sempre acreditando que era possível. Foi a primeira grande conquista na minha vida que não pude compartilhar com ela.

O tempo passou, a corrida tornou-se muito mais que um esporte nas nossas vidas, tornou-se um vício, um estilo de vida, talvez até mais, um estado de espírito quem sabe?!

O que tudo isso tem a ver com minha estreia na maratona? Bem, a muito tempo queria homenagear minha vó em uma corrida, mas tinha que ser algo grande, algo no dia certo…isso mesmo, no dia certo. Para vocês entenderem então: dia 29/09 é a data de nascimento da minha vó, o dia do aniversário dela. E minha homenagem/presente será cruzar pela primeira vez a linha de chegada em uma Maratona pensando nela durante 42km.

Vocês não tem ideia de quantas vezes chorei durante os treinamentos pensando na emoção de poder estar com ela no meu coração e lembrança neste momento marcante da minha vida. Naqueles momentos que a perna cansava durante os treinos longos, as lágrimas se misturavam ao suor e era nela que eu buscava forças para seguir em frente. Visualizei inúmeras vezes a imagem da chegada como o ponto em que eu precisava alcançar por ela, pra ela.

Não quis contar pra ninguém sobre essa coincidência de datas entre a maratona e aniversário da minha vó, muito menos sobre minha intenção de realizar essa homenagem, afinal, eu não sabia se conseguiria chegar até aqui. Nem a Jú sabia disso até essa semana.

Mas calma, a história não acaba por aqui…

DSCN1469No início desse ano, mais uma pessoa que eu amava sucumbiu ao câncer. Minha tinha Regina, irmã do meu pai e única filha mulher da minha vó. Minha relação com ela era de muita confidência e amizade. Era uma fotografa realmente Interminável, como ela mesmo gostava de intitular seus trabalhos. Na última semana da sua vida, tive a oportunidade de conversar com ela, e dessa conversa ficou uma frase, uma lição: “Não adianta querer viver a vida que não há pra se viver, o que devemos fazer é aceitar os caminhos e aproveitar cada instante que ele nos proporciona”.

Desde o início desse desafio, escutei milhares de vezes que uma maratona é uma prova dolorida, que após o km 30 começamos a sentir dores em locais que nem sabemos que existe no nosso corpo. Acredito que tudo isso seja verdade, e no meu caso ainda tenho uma dor causada pela ruptura do menisco medial do JE que já vai incomodar desde a largada. Mas quando lembro todo sofrimento que vi minha vó e minha tinha passarem durante os tratamentos contra o câncer, eu penso: “Dor? Que dor?”

Fica difícil reclamar de dores quando a gente presencia o sofrimento de quem se trata contra o câncer. O que são apenas 42km doendo aqui ou ali, perto de uma pessoa que luta contra células estúpidas que querem lhe tirar a vida? A agonia de quem se submete a uma quimio ou radioterapia tentando sobreviver é muito maior que qualquer dor provocada por uma maratona.

Eu sei que vai doer, sei que meu corpo vai sofrer, mas nessa hora, lembrar que aquilo é passageiro vai me confortar, minha vida não acaba ali. Quem sofre com o câncer não tem essa mesma certeza.

Agora vocês conhecem a história que me motivou enfrentar mais de 420km de treinamentos e ir em busca da linha de chegada dessa maratona, homenagear minha vó Dolores pelo seu aniversário, mas também minha tia e as pessoas que sofrem ou sofreram com essa doença desgraçada chamada câncer.

Minha vó me ensinou que a vida são momentos, e que cada momento é único! Por isso eu não queria deixar essa chance de estrear na maratona em uma data tão especial.

Domingo vou correr minha primeira maratona por todas aquelas pessoas que o câncer me tirou. Elas estarão comigo em cada centímetro dos 42.195m, a cada dor vou lembrar do sofrimento delas, e na chegada…. aaah a chegada….essa vou contar na semana que vem o que eu senti.

Minha primeira maratona será dedicada para Dolores, Regina e contra o câncer.

Vídeo que gravei em 2010 na minha passagem por Chicago e enviei pra minha vó ainda em vida. (Editado em 2011 após sua morte.)

sexta-feira, setembro 20, 2013

Um mantra na minha playlist

GILMOUR

Durante os treinos para a maratona, o tempo correndo aumentou muito, facilmente passava de 2 horas.

Para ajudar no controle da paciência durante os longões, voltei a utilizar a música como companheira de corrida.

Essa música do David Gilmour, com uma levada de gaita de boca sensacional, foi uma das músicas que mais me motivou em vários momentos. Lembro muito dela no km 30 do treino de 33km, devia parecer um louco viajando na música.

Ela envolve os pensamentos como um mantra, no meu caso ajuda muito a desfocar o cansaço e viajar pra muito longe dali, desconectando por algum tempo, cabeça e pernas.

Fica aí a dica pra quem curte correr ao som do bom Rock Progressivo.

There's no way out of here, when you come in, your in for good…..

Pra ver a tradução da música acesse este link -----> http://migre.me/g9KtR

Música: “There’s No Way Out Of Here” (David Gilmour)

quarta-feira, setembro 18, 2013

O ponto de partida

Tudo começa em algum momento, em algum lugar. Independente de onde cada um possa chegar, todo mundo precisa de um começo, de um ponto de partida.

Correr 5 ou 42km, não importa, tudo começa com um primeiro passo.

Quer saber como foi meu começo? Veja AQUI

O vídeo que inspirou este post é esse aí embaixo. Emocionante!

 

 

segunda-feira, setembro 16, 2013

Kinesiologia me ajudando a chegar lá

Desde o momento que decidi encarar os treinos e ir em busca da minha primeira maratona, sabia que teria um grande problema para administrar. Uma ruptura radial no corpo do menisco medial do joelho esquerdo, que foi diagnosticada na mesma semana que fiz meu primeiro treino para a maratona.

As dores já me incomodavam fazia algum tempo, que me lembre desde dezembro do ano passado. Não chegam a impedir a corrida, mas quanto mais rápido, mais dores.

Uma semana antes de realizar a ressonância no joelho, fiz um teste para correr a Golden Four Asics de Porto Alegre. Orientado pelo Ft. Luiz Eduardo (Clínica NURA) apliquei uma bandagem elástica no joelho esquerdo para fornecer mais suporte durante a corrida e ajudar no controle das dores. Funcionou muito bem, terminei a prova sem dores no joelho, bem melhor até que em muitos treinos.

Desde então, tenho usado as bandagens em vários treinos e provas. E o que tenho percebido é que as dores são sempre menores quando estou com a bandagem comparando com os dias que corro sem.

A técnica não promove a cura, é quase certo que no meu caso precise realizar uma astroscopia para corrigir o problema. Mas com o auxílio das sessões de fisio visando o fortalecimento da musculatura e a as "fitas" eu consegui percorrer os 3 meses de treinos para a minha primeira maratona.

Pesquisando mais sobre o assunto, descobri a SpiderTech, uma empresa que além dos tradicionais rolos de fita, desenvolveu vários modelos de adesivos pré-cortados, que padroniza e dá maior qualidade nas aplicações. A tecnologia diferenciada me agradou e resolvi testar.

SpiderTech
SpiderTech Full Knee

Para a comparar a eficiência do adesivo pré-cortado com a aplicação tradicional usando a fita, utilizei o adesivo Full Knee. Em relação a sensação de suporte e controle das dores, percebi o mesmo resultado nos dois casos, ou seja, bom suporte e poucas dores. No entanto, o adesivo pré-cortado não possui emendas e o acabamento com uma camada só de fita deixa uma sensação de menos volume.

Durante os treinos, tive dores na lombar que também foram controladas com o SpiderTech, e nesse caso de relaxamento muscular eu percebi uma melhor muito grande, maior até que em relação a lesão articular. Entre 2 e 3 dias depois da aplicação as dores passavam sem interromper os treinos.

Pretendo utilizar o SpiderTech na maratona, pois além do benefício que já mencionei, tem também o fator psicológico de me sentir protegido na prova da mesma forma que me senti nos longões ao longo do treinamento.

Quem tem alguma dor e acha que pode se beneficiar com o uso da bandagem elástica, eu aconselho a procurar um fisioterapeuta que conheça a técnica para fazer a experiência.

Quem se interessou em conhecer o SpiderTech, basta entrar no site CLIQUE AQUI

 

 

segunda-feira, setembro 09, 2013

Estamos juntos nessa

Aos poucos fomos fazendo amigos no meio das corridas e criando cada vez mais motivos para participar de provas. Com o passar do tempo, tornamos essa atmosfera nosso hábitat. Descobrimos como era bom poder competir contra nós mesmos, cada um na sua, mas com um mesmo objetivo, superar-se.Começar a correr foi quase uma decisão em conjunto. No início, ela persistiu mais, o que facilitou muito minha vida quando resolvi começar a participar de corridas também.

Passo a passo, escalamos distâncias, aos poucos tudo ficava mais perto, e nós queríamos ir mais longe. Nasceu naturalmente a vontade de correr uma meia-maratona. Sonhamos alto, e realizamos. Planejamos estreiar nos 21km na cidade dos corredores, na capital mundial do "running": New York City. Treinamos juntos por vários meses, juntos mesmo, era o Projeto Casal 21k. Cruzar aquela linha de chegada foi como tatuar as corridas no nosso espírito.

O ciclo continuou e 21kms encurtaram, então é hora de uma nova tatuagem, de um novo desafio, chegou a vez dos 42km, a vez da Maratona.

O que um dia foi o Projeto Casal 21k, transformou-se naturalmente no Projeto Casal 42k, nossa busca pela primeira maratona.

Nossos sonhos são os mesmo a muito tempo.....a muito tempo realizamos juntos nossos sonhos, a Maratona será mais um!

Estamos juntos, Rumo a 1ª Maratona!

 

segunda-feira, agosto 26, 2013

O que você faria? [emocionante chegada IM 70.3 Brasil]

Foto mundo Tri

O cenário é o seguinte: Você nadou 1,9km, pedalou 90km, correu 21km e a 10 metros da linha de chegada, está em 2º lugar e vê o líder comemorando a vitória sem cruzar a linha de chegada….ele está de costas, e não vê que você vem com todo gás…sua chance de vencer a prova por causa da distração do seu adversário é muito grande….o que você faria?

Igor Amorelli, preferiu deixar a primeira colocação com quem já deveria ter cruzado a linha de chegada se tivesse seguido em seu ritmo normal. Certo ou errado? Faltou competitividade? Sobrou espírito esportivo? Muitas podem ser as opiniões. Mas uma coisa é certa….cenas emocionantes como essa, são exclusividade do esporte.

Eu? Eu teria me atirado pra tentar cruzar em primeiro lugar……mas a diferença é que estou pensando com a cabeça de quem nunca terá a chance de vencer uma corrida. O Igor Amorelli, terá condições de vencer muitas outras durante sua carreira.

Foto: mundotri.com.br

quarta-feira, julho 31, 2013

Track & Field Shopping Iguatemi Floripa - Treinão de Luxo

Com o foco total nos treinos para a Maratona, a Track & Field Shopping Iguatemi, entrou no calendário como um treino de luxo. A planilha do fim de semana mandava fazer 15km, então a solução foi correr os 10km da prova e estender por mais 5km para cumprir o objetivo.

Essa etapa da Track & Field no Shopping Iguatemi, já possui um valor sentimental pra mim. Três anos atrás, era a corrida mais esperada de Floripa, o tempo passou, vieram outras boas corridas para Florianópolis, porém é dificil deixar de participar dessa prova.

O dia amanheceu bonito, sem nuvens, mas com muito frio. Na hora da largada a temperatura nos termômetros da Beira Mar marcavam 10ºC, mas como a largada é na sombra do prédio do Shopping, a sensação térmica devia ser de uns 7ºC. Tinha gente aquecendo desde as 6:30am pra não congelar!

Percurso de duas voltas para os 10km, que tradicionalmente é muito bem medido, bateu com 10km no Garmin. Largada pontual, ainda bem, era a solução para acabar com o frio.

Desde a largada, contei com a parceria do Roberto Otero (Equipe TIME), outro que está na perigrinação para correr a Maratona de Santa Catarina, e também aproveitou a Beira Mar liberada para fazer o treino.

Corri os 10km, lembrando que teria mais 5km pra fazer, mas mesmo assim consegui manter um bom ritmo do início ao fim. Na primeira volta de 5km me senti muito bem, e percebi que conseguiria acelerar na segunda volta.

Nos últimos 2,5 km, o ritmo foi forte, talvez mais do que deveria, mas aguentei bem e consegui terminar a prova com um honroso 49:47. Um sub-50 que não era esperado.

Depois de cruzar a linha de chegada, foi só pegar a medalha, tomar um isotonico, comer uma fruta e seguir para a última parte do treino. 5km em 28:54

RESULTADOS:

  • Tempo oficial: 49:47
  • Pace: 4:59/km
  • Colocação Geral: 197º de 496
  • Colocação Categoria M35-39: 32º de 63

Registros Garmin

 

quinta-feira, julho 25, 2013

Esteira nem pensar.

Muito dificilmente vocês vão me ver treinando em uma esteira. Nada contra quem busca o "conforto" de correr entre quatro paredes, mas me orgulho de nunca ter feito um treino de corrida em uma esteira.

Já corri muitas vezes em esteira na época de rato de academia, mas nunca mais do que 30 minutos, isso já foi o suficiente para ter certeza de que é uma das coisas mais chatas que já fiz. É monótono, parece que o tempo não passa, e sinceramente, não é a mesma coisa que sentir o pé empurrando o chão. Na esteira é o chão que empurra o pé.

Ainda prefiro a aventura de sair no frio, encarar o vento e a chuva, me vestir no melhor estilo "Onion Runner". Acho que esse masoquismo não faz só o fôlego e passadas melhorarem, mas treina a alma e espírito também, fortacele a auto-confiança. Isso é importante pra quem tem uma meta, como por exemplo a Maratona.

No treino de ontem, quando encarei por 15km o pior clima até agora nos treinos para Maratona, parei e comprei água no bar de uma academia. Lembrei que naquele mesmo momento tinha muita gente correndo em esteiras, treinando tanto quanto eu, porém secos e com menos frio!

Talvez como uma auto-defesa, minha memória cinematográfica agiu me lembrando da cena de treino do Rocky para a luta contra o soviético Ivan Drago no Rocky IV, onde Rocky treina de forma arcaíca no meio da neve na Sibéria, enquanto Drago é fabricado entre equipamentos modernos e de última geração no melhor centro de treinamento da USRR.

Repito, nada contra quem corre em esteiras, acho que é uma questão de gosto, talvez um dia eu até faço um treino para ratificar minha opinião. Mas ontem eu me senti o Rocky na Sibéria.

 

 

quarta-feira, julho 24, 2013

Podia ser pior!

As imagens das "Cordilheiras Palhocenses" servem pra dar uma idéia do frio que se instalou na grande Floripa essa semana.

Mas essa friaca, apesar de nos presentear com belas imagens, é sem dúvida uma sanguessuga de motivação.

Nessas horas de preguiça pra encarar o frio, eu tento lembrar do tempo que ia surfar no Cassino com 2ºC no termômetro da rua. O congelamento começava na hora de tirar a roupa e colocar o long john, a bota de neoprene também era item obrigatório, afinal os pés ficavam a maior parte do tempo dentro d'água.

Furar a primeira onda era outro momento dolorido, chegava a trincar as temporas e as vezes dava até dor de cabeça, sem falar naquela primeira gota que entrava pela nuca e escorria por dentro da roupa de borracha, congelando vértebra a vértebra.

Depois de 30 minutos dentro d'água, os dedos das mãos já não respondiam direito a certos movimentos, e as vezes era preciso colocar a ponta dos dedos debaixo da língua para não congelar de verdade. Tudo isso pra satisfazer a alma pegando uma ou duas ondas.

Sair do mar, secar o corpo, colocar uma roupa e se aquecer com um chimarrão, na maioria das vezes era a melhor parte da jornada.

Quando lembro desse martírio que era surfar no extremo Sul do Brasil, me coloco numa posição desconfortável ao pensar em desistir de encarar um "friozinho" qualquer pra correr.

Correr no frio é infinitamente mais confortável do que surfar em um mar congelante. Palavra de quem já experimentou os dois!

Correr no frio nem é tão ruim assim. Se bem que nunca corri de calção na neve!!!!

 

terça-feira, julho 23, 2013

Treino perdido....

Clima ruim e treino cancelado.

....não se recupera.

Ontem choveu quase o dia todo aqui em Floripa, sem falar no frio. E não teve jeito, a seqüência de treinos para a maratona, até então 100% cumprida foi quebrada. Não teve como sair pra treinar.

O treino #09 foi cancelado, e jamais voltará, pois a regra é clara: "Treino perdido, não se recupera."

No meu caso, os treinos são programados para as segundas, quartas, sextas (regenerativo) e sábados, ou seja, até poderia recuperar o treino de segunda, terça (caso pare de chover, é claro!), mas nesse caso estaria influenciando no treino de quarta, pois estaria mais cansado, e assim começaria uma "bola de neve" que prejudicaria muito mais que apenas um treino.

Como escreveu o Enio (@eaug) na página do facebook:

"O bom de estar com os treinos em dia é poder perder um quando cai o tal do dilúvio na cidade e a era glacial está recomeçando."

E pra terminar o post de hoje, a resposta para uma das maiores dúvidas da humanidade.

O QUE É MELHOR, CAMINHAR OU CORRER NA CHUVA?

 

segunda-feira, julho 22, 2013

Furo na manga

Camiseta de manga comprida North Face com furo para dedão.
Não entendo nada de moda. Prefiro deixar esse assunto para os blogs das meninas como o da Corre Paula e da Run Ju Run, certamente as dicas e sugestões delas são bem mais úteis.

Mas tem um detalhe de uma das camisetas de manga cumprida que tenho, que faço questão de compartilhar aqui no blog.

Talvez muitos já conheçam esse detalhe, mas confesso que só encontrei em roupas que vi lá nos Estados Unidos. Trata-se de um furo no punho da manga onde se pode colocar o dedo polegar, formando quase uma luva, muito útil nos dias frios.

A minha camiseta é da marca North Face, e comprei na Expo da Meia de NY no ano passado por não mais que USD 20,00.

Nesses dias frios e úmidos, a gente percebe que ter o equipamento certo, ajuda muito a não perder a motivação. E até mesmo um simples "furo na manga" pode fazer diferença.

Vc tem alguma camiseta com esse furo?

sábado, julho 20, 2013

Maratona de New York 1970

Largada da Maratona de NY 1970

Outro dia, navegando pelo facebook, me deparei com esta foto histórica publicada na fan page da ING NY Marathon.

A foto é da largada da primeira edição da maratona que aconteceu em 1970, e teve 127 inscritos e 55 concluíntes. Incrìvel, né?

Olhando a Maratona de NY de hoje, com seus quase 50.000 participantes, é difícil imaginar que um dia apenas 127 atletas queriam correr este ícone das corridas no mundo.

Nesse ano porém, o percurso se restringia a 4 votas dentro do Central Park, bem diferente dos dias de hoje em que passa pelos 5 bairros de NYC.

Segue abaixo um breve histórico retirado do Wikipédia: [Link]

A primeira maratona foi realizada em 1970, por iniciativa de Fred Lebow e Vincent Chiappetta, com a participação de apenas 127 atletas, 126 homens e uma mulher, que desistiu no meio do percurso.3 Disputada inteiramente em quatro voltas dentro do Central Park,4 cerca de 100 espectadores assistiram a chegada do bombeiro novaiorquino Gary Muhrcke, como primeiro vencedor da competição, em 2:31:38. Apenas 55 competidores completaram essa prova e o prêmio dos dez primeiros colocados foi um relógio de corrida.2 Em 1972, ela assistiu ao primeiro protesto das dez mulheres inscritas, que se sentiram estigmatizadas com as regras da Amateur Athletic Union que as obrigava a largar dez minutos depois dos homens.2 Com o passar dos anos, a prova foi crescendo em participantes e interesse e em 1976, para celebrar o bicentenário da Independência dos Estados Unidos, o auditor da cidade, George Spitz, sugeriu que ela saísse da limitação do Central Park e atravessasse todos os cinco bairros da cidade. Com o apoio do administrador de Manhattan, Percy Sutton, os dois homens levaram à ideia ao então prefeito Beame e também ao diretor da prova, Fred Lebow. A corrida de 1976 foi realizada assim e foi um grande sucesso popular, com grande participação dos moradores da cidade nas ruas. O que era para ser feito apenas uma vez, na comemoração de uma data histórica do país, acabou se tornando um percurso anual.

 

Largada da Maratona de NY 2011

 

sexta-feira, julho 19, 2013

Soft Reset no Garmin Forerunner

Após a publicaçãodo post de ontem sobre onde consertar o Garmin, o amigo e atleta-nerd Samo Fischer (@samofischer) me envio via Twitter este vídeo onde ele mostra como resolveu um bug de sistema do seu Garmin.

A solução do problema foi resetar o Garmin, que é quase a mesma coisa que reiniciar o computador quando ele tem algum problema.

A dica é muito útil para problemas que sejam relacionados ao sistema do Garmin, e o vídeo mostra muito bem como fazer o procedimento.

 

quinta-feira, julho 18, 2013

Conserto do Garmin Forerunner

Recentemente o Garmin da Juliana (Forerunner 405) pifou, ou melhor, enlouqueceu! Ficava alternando entre aro bloqueado e desbloqueado sem ninguém chegar perto, o jeito foi deixar a bateria esgotar e procurar ajuda.

Mas onde encontrar ajuda? 

Quem já procurou ajuda para consertar um Garmin, sabe do que estou falando. É complicado descobrir pra onde mandar.

No facebook indicaram inicialmente a Brasil GPS de Garopaba, que revende relógios e aparelhos GPS da Garmin. Entramos em contato eles, porém a resposta foi que eles somente revendem e não trabalham com assistência técnica.

Por sorte fui salvo pela mania de ler post sobre corridas espalhados pela internet, e lembrei de um indicado pelo Harry (@blogdoharry), que falava de um lugar "não autorizado" que ressuscitava Garmins e era de extrema confiança.


Resumindo, quem estiver com problemas com Garmin (pelo que tenho visto, não é pouca gente!), a solução é buscar ajuda na Pollux GPS Comércio e Serviços Eletrônicos Ltda. 

Nós telefonamos e fomos atendidos diretamente pelo Mauro Silva, personagem do post indicado pelo Harry, e que não é o volante da Seleção de '94. Ele falou como era o procedimento, e posso dizer: extremamente organizado e metódico, o que passa confiança.

Após o envio, recebemos o orçamento com os diagnósticos. Foram trocados os botões e feito o reparo no circuito de alimentação (bateria). O valor vou guardar em segredo, mas vale a pena se a sobrevida for boa. 

A princípio o problema foi resolvido, de qualquer forma tem garantia de 90 dias.

Segue abaixo o contato da Pollux.
End: Av. João Pedro Cardoso, 409 - sala 06 - aeroporto - CEP 04355-001 - São Paulo - SP
EMAIL: polluxgps@polluxgps.com.br
 Telefone: (11) 50317955 / 3486-0500 
 Contato: Mauro Silva.

quarta-feira, julho 03, 2013

Golden Four Asics POA 2013- 21km pra exorcizar.

Post CV

Dia frio, úmido, o ingrediente especial foi a neblina que não deixava enxergar 50m à frente. Cenário perfeito para exorcizar tudo de ruim que apareceu nos últimos meses na minha vida, correndo uma meia maratona.

Post CV 4Poderia escrever um dramalhão, uma novela mexicana talvez, contando as coisas por que passei entre a meia de Florianópolis, que aconteceu em Março, e essa Golden 4 Asics. Pessoas que se foram, sonhos interrompidos, dores que vieram, angústia, tensão, desilusão, pensei em parar, mas o vício não deixou, só correr uma meia maratona poderia me salvar. E salvou!

Falar da organização perfeita, e do prazer de correr uma prova de primeira linha como a G4, se tornaria uma redundância chata pra quem conhece a história desse evento. Posso resumir os 21km da Asics, como a melhor corrida, antes, durante e depois de que já participei no Brasil. E só perde pra Meia de NY, porque não tem como comparar 15.000 correndo por NY com 1.200 correndo em Porto Alegre.

Mas se podemos avaliar uma corrida pela transformação que ela nos provoca, ou seja, por tudo o que ela muda no nosso corpo e principalmente na mente entre as linhas de largada e chegada, a G4 foi um marco na minha vida de corredor.

Post CV 2Era inevitável tanta insegurança, desconfiar da minha capacidade era quase uma obrigação, afinal estava sem treinar direito a 3 meses, recuperando de lesão, sem ter noção de até onde poderia ir. Não tinha como pensar que seria tranquilo, tudo indicava que não existia possibilidade alguma de ser fácil.  

Por precaução, consultei o regulamento pra saber qual era o tempo limite da prova (3h10') e confirmar em qual km ficava o portal de chegada no retorno (km 14). Sim, a possibilidade de desistir existia!

Aproveitei a companhia da Juliana pra correr a primeira parte da prova sem preocupação nenhuma. Foram 7km de aquecimento e parceria, onde aproveitei também para ver como se comportavam as lesões. Se não fosse ela ser minha "pacer" nesse primeiro 1/3 de prova, talvez eu não tivesse conseguido cumprir a estratégia de fazer uma prova progressiva.

Do 7ºkm em diante, resolvi soltar a corrida, e ir num ritmo bom que mantivesse minha confiança e me desse a possibilidade de chegar num honroso sub-2h.

Quando passei no 14ºkm, me sentia muito bem, cansado obviamente, mas com muita vontade e condição para chegar até o fim. Desde a meia maratona de março, não corria uma distância maior que 14km, mas mesmo assim sabia que aquele era o dia.

Não conhecia o último trecho de corrida, bem diferente dos primeiros 15km, tinha bem menos espaço e pra animar uma subida que fazia qualquer um respirar fundo antes de encarar. Chegava ser engraçado ver os suspiros e sussurros de reclamação dos corredores!

Faltando 1km pra chegada, confesso que lágrimas se misturaram ao suor, a emoção foi inevitável! Me perguntava como eu conseguia? Provei a mim mesmo que não vale a pena desistir quando tudo parece que vai dar errado. Aprendi que não precisa ser perfeito, basta ser nosso! 

Talvez nem um recorde pessoal na meia maratona me trouxesse tanta felicidade. O tempo de 1h58'26, tem muito mais coisa por trás, uma história que me deixa muito mais orgulhoso que o 1h43'.

Vibrei muito na chegada. E logo depois de cruzar a linha de chegada, virei em direção ao portal e pensei: "- É isso, o que eu preciso é mais disso, CORRER!"

Depois disso, eu quero como nunca a Maratona, dependo desse vício pra me manter feliz.

IMG_1723

VÍDEO DA CHEGADA

 

REGISTRO GARMIN

RESULTADOS

RESULTS

quarta-feira, junho 26, 2013

Corrida da Unimed - 5km pelo centro de Floripa

    Unimed 1

    Uma corrida no sábado a noite, num percurso diferente largando da cabeceira insular da Ponte Hercílio luz e passando pelo centro de Florianópolis, com inscrição cortesia e no dia do meu aniversário, essa foi a corrida da Unimed que aconteceu no dia 22/06.

    A prova tinha duas alternativas de distâncias, 5k e 10k, escolhi os 5k por 2 motivos: 1- O relevo com muito sobe e desce não é o mais indicado pra quem se recupera de lesão; 2- Não curto muito provas em circuitos, no caso os 10km eram duas voltas pelas mesmas ruas.

    Apesar de ser apenas 5k, usei a prova para testar como anda meu ritmo de confiança, aquele em que você corre de forma nem tão confortável, mas com a certeza de que vai sobrar gás pra chegar. Fiz a corrida pensando em sentir o corpo para poder decidir a estratégia para o desafio dos 21k na Golden Foour ASICS de POA.

    MINHA PARTICIPAÇÃO

    Unimed 2Em uma corrida de 5km e com o caráter comemorativo como esta, não se tem muito o que avaliar de desempenho. O que posso dizer é que fiquei contente por não ter sentido as dores que me incomodavam e com o ritmo que consegui colocar na prova.

    Fiz uma prova bem progressiva, e consegui vencer a dificuldade do relevo sem problemas. Por causas das dores no joelho, as decidas me preocupavam mais que as subidas, mas também não tive problema com isso.

    No final ainda sobrou gás pra dar um super sprint nos últimos 200m, o Garmin chegou a marcar 3:00/km. (risos)

    Tempo final de 24:45 com pace médio de 4:57/km.

    PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS

    POSITIVO

    • Percuso diferente e muito interessante pelo centro de Floripa

    • Boa organização antes durante e depois da corrida

    NEGATIVO

      • Falta de local para estacionamento

      • Medalha "genérica" sem descrição de distância, local e data. Como é um circuito que passará por Londrina e Curitiba, provavelmente as medalhas serão as mesmas.

      • Poucos lugares onde sentar e descansar após a corrida.

      • Entrega dos kits feita somente na sexta feira, sem possibilidade de retirar no sábado.

          RESULTADOS

          LINK PARA OS RESULTADOS OFICIAIS: http://migre.me/fihQm

          Tempo Oficial: 00:24:45

          Colocação Categoria: 15º de 41

          Colocação Geral: 82º de 233

          AGRADECIMENTOS (Aniversário)

          Quero deixar aqui todo meu agradecimento ás pessoas que me desejaram feliz aniversário antes, durante e depois da corrida, pessoalmente e aqui pela internet, no facebook, twitter e instagram.

          Correr no dia do meu aniversário não era uma coisa esperada, mas posso dizer que foi uma experiência agradável.

          Muito Obrigado!!!!

          PARABÉNS PARA A MARI

          Não podia esquecer de mencionar a brilhante vitória da coach da Equipe TIME, MARIANA ANDRADE, na prova de 5km feminino.

          Sou fã dela, e é incrível a energia que essa guria tem!!!! A Mari é demais!!! #GoMariGo #EquipeTIME

          Quem quiser acompanhar os treinos e competições da Mariana Andrade, pode curtir a Fan Page dela no facebook.

          FAN PAGE MARIANA ANDRADE

          Unimed 3

          quarta-feira, junho 12, 2013

          Meia de Floripa O2 - 10km pra dizer que voltei.

          Post Meia de Floripa 2013

          Antes da corrida, confesso que estava com medo, receoso, preocupado com o que viria pela frente depois de quase desistir das corridas. Abortei a ideia inicial de correr os 21km e fui nos 10km. Corri no sentimento, sem me preocupar com tempo, só cuidando os sinais do corpo. Estratégias adotadas pensando em não comprometer a recuperação das lesões, afinal o grande objetivo do ano é a Maratona, e ainda dá tempo!

          Meia de Floripa - fotoO dia amanheceu perfeito para correr em Florianópolis. Friozinho, sem vento e com sol…que no final deu uma fritada na galera dos 21km. O percurso diferente mas quase igual, era praticamente plano, com pequenas subidas no elevado sobre a Av. Gustavo Richard e no túnel. Sinceramente, fiquei um pouco frustrado de não poder tentar um RP nos 21km nessa prova. Era o dia perfeito!

          Ainda não se sabe o número total de corredores ao certo, mas de acordo com o a velha técnica do “achismo”, me arrisco a dizer que tinha em torno de 4000 corredores entre inscritos e pipocas.

           

           

           

          ORGANIZAÇÃO

          Nunca vi uma corrida com tanto desencontro de informações. A mudança do percurso, deixando de passar sobre as pontes, deixou muita gente desmotivada com a prova. Pior ainda pra quem acabou se inscrevendo antes do anúncio oficial do percurso, achando que teria o prazer da experiência de passar pelas pontes de Floripa. O brilho que teve nos dois últimos anos, não voltou pra edição de 2013.

          Inclusive isto é um assunto sério: inscrições só deveriam ser abertas, com todas as informações sobre a prova disponíveis. Fazer inscrição para uma corrida, sem regulamento e percurso disponíveis é comprar um produto sem saber o que é. Fica a dica, só façam a inscrição com todos os dados sobre a corrida disponíveis!

          Meia de Floripa - Saida do TúnelNo entanto, a passagem pelo túnel, foi a atração diferente da prova, bem menos interessante que a travessia das pontes, mas ainda assim uma atração. Além disso a estrutura do evento também manteve o bom padrão dos outros anos. A entrega dos Kits foi rápida e fácil. O kit, com camiseta, gel carboidrato e boné dobrável não tinha nada demais.

          A largada foi um pouco complicada. Largar todas categorias juntas, em um espaço tão estreito fez com que tudo ficasse mais lento nos primeiros quilômetros. Muita gente reclamou do congestionamento e dificuldade de correr mais rápido. Em casos como esse, onde o espaço é restrito, a largada deve ser o mais organizada possível, com separação de categorias de distâncias, baias de ritmos, tudo para que haja mais conforto pra todos correrem. Não vejo ninguém se preocupando com isso! Deveriam! 

          Medalha bonita, pós prova com frutas, isotônico e bastante espaço para dispersão. A distância dos 10km estava muito bem medida e fechou com pequeno erro de 30 metros em relação ao meu Garmin, que registrou 9.97km. No final, a organização do dia da corrida salvou o nome da prova.

          MINHA PARTICIPAÇÃO

          Meia de Floripa - foto1Como falei, tinha medo de não ir bem nesta corrida. Por isso resolvi levar a sério. Não buscava tempo, mas sim aquela sensação de terminar no limite possível. E consegui!

          A largada congestionada, no fim acabou me ajudando a não exagerar no ritmo nos 3 primeiros km’s. Fui adquirindo confiança com o passar da corrida, as dores não apareceram, e fui acelerando até o fôlego faltar. Não quis forçar nada, reduzi quando precisei, mas cheguei perto do meu limite atual.

          Voltei a fazer uma corrida relativamente progressiva, sem sentir dores e terminando com tempo muito bom pra quem não treinava decentemente a mais de 3 semanas.

          Voltar a correr foi a grande vitória nesta corrida. Toda paciência e prudência no período crítico estão sendo recompensadas aos poucos. Acredito que se seguir nesse ritmo, até as G4Asics POA tudo vai ter voltado ao normal.

          Meu tempo oficial, foi 51:00, na atual situação, um bom tempo.

           

           

           

          AMIGOS E EQUIPE

          A presença da Equipe TIME na prova fez tudo ficar mais fácil. Em especial a companhia do Roberto Otero (vulgo, Dr. Sorriso Kenyano) na largada e primeiros quilômetros. Não consegui acompanhar o ritmo do cara por muito tempo, e olha que o cara corria os 21km e eu só os 10km. Segundo informações extra-oficiais, não confirmadas, dizem que ele terminou a prova em 1:40:00….mas ainda não tem resultado oficial, não podemos homologar o RP. (risos, muitos, risos!)

          DrSorriso

          Outra presença ilustre na Meia de Floripa, foi do amigo e blogueiro, Danilo Confessor, que veio de Brasília, curtir a Ilha e correr como faz todo bom meio-maraturista. Conseguiu me reconhecer no meio da galera e tive o prazer de conhecer esta figura ilustre do mundo dos blogueiros corredores. Espero que ele tenha aproveitado a passagem por Floripa, pelo que fiquei sabendo, foi outro que quebrou RP nos 21km, comprovando que a ilha da magia estava num dia especial para os corredores.

          confissõesdeum

           

          RESULTADO OFICIAL

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          REGISTRO GARMIN

          FOTOS

          A Juliana é a autora da maioria das fotos deste post. Ele foi meu apoio durante a corrida!

          O amigo e colega de equipe TIME Wilson Silva, também me mandou algumas fotos, e uma delas ilustra a foto de capa do post! Valeu, Wilson (Obrigado a Rê, namorada dele, na verdade né, que foi quem tirou as fotos!).

          quinta-feira, junho 06, 2013

          Fisioterapia, Paciência e Prudência

          fisiopacieprudence

          Nessa fase de recuperação, tenho vivido algumas coisas e aprendido muitas outras. É um período bem diferente na vida de corredor, posso garantir que não é o melhor dos mundos, mas não é tão ruim quanto eu imaginava que seria.

          A busca por uma recuperação mais eficiente, exige de nós tanta disciplina e força de vontade, quanto os treinos para melhorar o tempo em uma prova ou correr mais longe. Por enquanto acho que estou me saindo bem, pelo menos estou tentando!

          FISIOTERAPIA

          Já foram 4 sessões de fisioterapia, e a melhora já é bem perceptível. A felicidade em ter corrido os primeiros 7km depois de 3 semanas (na quinta da semana passada), sem dores, me passou confiança de que estou no caminho certo. Ver o resultado aparecer relativamente rápido, me deixou com mais vontade de seguir todo tratamento da forma mais disciplinada possível, o que de certa forma, é a melhor maneira de acelerar a recuperação.

          PACIÊNCIA

          A parte mais difícil nessa fase, é saber lidar com tempo. Os treinos leves, bem como o período de repouso, deixam quem já estava indo mais longe, com aquela sensação de retrocesso (e é!). A ansiedade faz parte, durante os trotes a vontade de voltar a correr em paces mais rápidos é quase constante, mas tudo isso tem que ser controlado com muita paciência. As vezes é melhor ir devagar e perder um tempo agora, mas sabendo que alguns meses de retrocesso podem garantir muitos anos e km’s pela frente.

          PRUDÊNCIA

          A vontade de seguir buscando metas de tempo e distâncias devem ser colocadas de lado nesse momento. Eu havia planejado fazer 3 meias maratonas entre maio e junho, buscando inclusive o meu sub-1:40h, mas para evitar o pior e poder continuar sonhando com a maratona no final do ano, fui obrigado a desistir de uma das provas e reduzir de 21 para 10km em outra. A Golden Four Asics de Porto Alegre (30/06) ainda está nos planos, mas vamos ver o que acontece nas próximas semanas. De qualquer forma podem ter certeza que não farei nada que comprometa a continuidade nas corridas e a possibilidade de fazer a Maratona de Santa Catarina ainda em 2013, o objetivo principal do ano.

          quinta-feira, maio 23, 2013

          Domingo tem Ironman Brasil

          Domingo é dia do maior evento esportivo de Santa Catarina, o Ironman Brasil. Hora de renovar a motivação, de assistir aqueles atletas “normais” como qualquer um de nós, provando que quando se tem um objetivo, quando se mira uma medalha ou linha de chegada, não existem distâncias nem dificuldades capazes de nos parar.  Quem quer, consegue!

          Desde que comecei nas corridas, nunca perdi uma edição do Ironman. Confesso que na primeira vez, o que mais me interessava era a expo, mas depois que entrei para a assessoria esportiva, conheci a galera do triathlon e principalmente comecei a acompanhar o dia-a-dia de alguns IronAmigos, o evento passou a ter muito mais sentido pra mim.

          Depois de conhecer as histórias que existem por trás de uma medalha de finisher do Ironman, comecei a perceber que eles são homens e mulheres de aço, não só porque nadam, pedalam e correm por 226km, mas também porque conseguem ter determinação suficiente para encarar toda preparação, renúncias e dificuldades que a conquista dessa medalha exige.

           

          A MARATONA

          7292051950_e262e5500cNão é por nada não, mas pra quem fica na torcida, como é meu caso, a melhor parte é a maratona do Ironman. É a hora em que a gente pode ficar perto, muito perto dos atletas. Além disso, como a prova é em circuito de 3 voltas, os atletas ficam menos dispersos, o que chega a dar a impressão que são muito mais de 2000 triatletas. Não para nunca de passar gente!

          O horário da corrida também é bom pra quem fica na torcida, diferente da largada que nos obriga a madrugar, a maratona acontece na sua maior parte a tarde, geralmente 14:00h já tem bastante gente correndo. E as 15:20h os primeiros colocados da prova masculina começam a chegar #FicaaDica

          A CHEGADA

          7292037586_30484c17d2Como motivação para quem assiste (e corre!), não tem momento melhor que a chegada do Ironman, é ali, naquele funil de chegada, naquele portal escrito “You are an Ironman” que tudo vem a tona, é onde a emoção literalmente toma conta.

          Esse ano chegou haver uma polêmica a respeito de poder ou não cruzar a linha de chegada acompanhado. A organização havia proibido, ou seja, ninguém poderia cruzar a linha de chegada com parentes ou amigos. Mas felizmente o bom senso prevaleceu, e ontem a organização anúnciou que será permitido no máximo dois acompanhantes na chegada.

          BOA SORTE

          Pra terminar, desejo muito boa sorte a todos triatletas que vão enfrentar a dura prova do domingo. Mas minha torcida especial será para os amigos e atletas da Equipe TIME, principalmente para a nossa coach e atleta da elite do Ironman, Mariana Andrade. It’s TIME!

          terça-feira, maio 21, 2013

          O caminho mais longo.

          There are no shortcuts to any place worth going

          Lá vamos nós, se tem que ser pelo caminho mais longo, que seja. Hoje começo a fazer fisioterapia para tratamento de dores no joelho esquerdo (menisco e ligamento) , e na parte posterior da coxa direita.

          As dores não são absurdas, mas ficam muito chatas depois de alguns quilômetros. Não tem como treinar direito, quem dirá participar de provas decentemente.

          Desde que comecei a correr, nunca dei muita atenção para recuperação pós provas, massagens e afins. No máximo gelo, usar o The Stick e repouso. Mas essas ferramentas não vem surtindo efeito, e agora chegou a hora de procurar ajuda para melhorar minha condição física e ficar pronto para voltar a correr sem problemas. E essa ajuda chama-se fisioterapia.

          A princípio serão 10 sessões, buscando diminuir as dores e fortalecer a estrutura muscular para evitar novas lesões. Tomara que eu possa trazer boas notícias em breve sobre o tratamento.

          Como diz a frase da imagem: “Não existem atalhos para um lugar que vale a pena ir”

          sábado, maio 18, 2013

          Loucos por Corridas no Vida e Saúde.

          vida e saude

          Hoje, foi ao ar no programa Vida e Saúde a reportagem feita pela jornalista Sônia Campos (RBS TV)sobre o grupo Loucos por Corridas.

          Tenho um orgulho imenso em ter estes Loucos como amigos do esporte. Foi essa galera que lá nos meus primeiros quilômetros, acolheu a mim e a Juliana e nos motivou a entrar de cabeça nesse mundo das corridas. Se não fossem os Loucos por Corridas, não sei se este blog e minha paixão pelas corridas existiriam.

          O grupo do facebook conta hoje com quase 800 membros, espalhados por todos cantos do Brasil, que trocam experiências e informações sobre as corridas e treinos.

          Assista a reportagem e saiba mais sobre o grupo: [Veja aqui http://migre.me/eByvT]

          quarta-feira, maio 15, 2013

          Sem parar…

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          "O desejo, por vezes esmagador, de parar vem da mente sussurrando: 'eu não posso' ou 'eu não sou bom o bastante, forte o bastante, inteligente o bastante." Qualquer que seja. Chega! Nós podemos ser nossos piores inimigos quando se trata dessas dúvidas e auto-falas negativas. Estar perto de pessoas com atitudes positivas ajuda, mas no final tem que vir de dentro. Nos tempos mais sombrios,  clichês de auto-ajuda não te ajudarão. Quando é pra valer, quando você tem que sobreviver, o que você precisa é de coragem, determinação. Você luta contra um urso e o coloca no chão, indo além do seu psique. Você tem que lembrar que é fácil parar, mas difícil de viver com isso depois, abandonar tudo pode se transformar em um vírus que se espalha e se torna um pensamento indesejável.”

          - Marshall Ulrich, Running on Empty

          Esse texto (mal traduzido por mim!), reflete um pouco a minha situação. A vontade de parar, abandonar por um tempo, é decorrência da queda de rendimento e dores que apareceram durante treinos e corridas.

          Mas como tudo na vida, nenhuma decisão deve ser tomada de “cabeça quente”. Depois de refletir com calma, lembrei que pra tudo existe uma saída, basta aceitar mudanças e adaptações que sempre são necessárias. Ter paciência pra saber lidar com o tempo, também ajuda, é mais fácil quando se entende a diferença entre adiar e cancelar.

          Serão alguns passos atrás, para garantir vários quilômetros pela frente!

          terça-feira, maio 07, 2013

          TIME - Treinamento Individualizado Multiesporte

          Regida pelos triatletas e treinadores, Mariana Andrade (Elite Ironman) e Ricardo Brandt (Prof. Doutor em Desempenho no Esporte), a TIME é a minha assessoria esportiva.

          No vídeo a equipe verde-amarela de Floripa, realizando o treino coletivo de todos os sábados em Jurerê Internacional.

          O vídeo foi produzido pelo atleta Bruno Lima (Agência Token.ac) e realmente ficou muito bom, eu gostei e fiquei com mais orgulho ainda de fazer parte desta equipe de amigos.

          segunda-feira, abril 29, 2013

          Track & Field Beira Mar Shopping 2013

          Track & Field Series Beira Mar Shopping 2013

          Não gostei da minha corrida, não terminei feliz. Não tem nada a ver com o tempo ou desempenho, mas sim com a sensação de que não foi um dia legal.

          O dia já começou errado. Esqueci de ligar o despertador, programei, mas não liguei. Por sorte, talvez muita sorte, acordei por acaso às 6:30h, a retirada de kits seria até as 7:00h e largada às 7:30. Levantei correndo, me vesti, e sem tomar um café da manhã já parti para o Shopping Beira Mar. Cheguei 7:05h, mas ainda consegui pegar o chip sem problemas, essa é vantagem de morar num país em que pontualidade não é o mais importante.

          O dia estava muito bom pra correr, 23ºC e sem vento. O percurso praticamente plano e já conhecido da Beira Mar Norte não tem muito o que assustar. Foram 1061 atletas divididos entre os 5 e 10k, um número incrível tratando-se de Floripa. Só pra ter uma ideia, a etapa do Iguatemi Alphaville (SP) que aconteceu no mesmo dia, teve 1142 corredores.

          MINHA PARTICIPAÇÃO

          TFRS legendadoNão tinha muitas pretensões quanto ao tempo, ficando próximo de 50’ já estaria de bom tamanho, pois os treinos das últimas semanas não foram nada produtivos. Me restava então correr no sentimento, ou seja, achar o ritmo confortável pra ir bem até o final.

          Os primeiros 500 metros foram meio tumultuados. Rua estreita, duas curvas em S para entrar na Beira Mar e mais de 1000 pessoas largando ao mesmo tempo, o resultado só poderia ser um congestionamento que tira todas as possibilidades de ir rápido no 1º km.

          Os km’s 2 e 3 foram meus melhores na corrida, os únicos abaixo de 5’00”/km. No 4º km o ritmo caiu naturalmente e no início do 5º km já me sentia exausto. Cheguei a pensar em parar e desistir sem dar a 2ª volta, mas optei por não ser tão radical e simplesmente reduzi o ritmo até me sentir mais confortável na corrida.

          Relaxei e fiz os km’s 5, 6, 7 e 8 num ritmo entre 5’13” e 5’18”/km, o fôlego voltou e de acordo com o Virtual Partner eu chegaria próximo dos 50’ desejados se mantivesse aquele ritmo, isso deu a dose de motivação que eu precisava para fazer um pouco de força nos dois últimos km’s.

          O km 9 foi uma tentativa de começar a acelerar pra terminar a corrida com o mínimo de dignidade e o último km, correndo a 4’48”/km, foi o que eu precisava pra perceber que tenho que mudar minha rotina de treinos e preparação para as corridas, se quiser voltar a sentir prazer em cruzar uma linha de chegada.

          ORGANIZAÇÃO

          As provas da Latin Sports, especialmente as da TFRS, costumam ser sempre muito bem organizadas, e dessa vez não foi diferente. Com exceção da largada que poderia ter sido feita separadamente para os 5 e 10k, evitando o congestionamento, não lembro de nada mais que possa ser apontado como ponto negativo que tenha tirado o brilho da prova.

          Tá, pra não dizer que não reclamei de nada, a distância pra retirar a medalha, tira um pouco do brilho de se completar a prova e ganhar o “prêmio”.

          PONTOS NEGATIVOS

          PONTOS POSITIVOS

          Largada Congestionada Boa quantidade de corredores, eventos em Floripa crescendo muito.
          Distância pra retirar a medalha Hidratação perfeita
            Fácil estacionamento e gratuito
            Distância exata nos 10km

           

          RESULTADO OFICIAIL

          resultado TFRS Beira MAr

          Link dos resultados: http://migre.me/ejvXW

          REGISTRO DO GARMIN

          terça-feira, abril 23, 2013

          Até o limite…

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          É o segundo ano consecutivo que quase acontece um óbito durante o revezamento Volta à Ilha.

          Ano passado o atleta gaúcho Felipe Blumenthal Sequeira, 34 anos, passou mal enquanto corria um dos trechos mais difíceis no norte da ilha. Felipe ficou quase uma semana em coma no hospital, mas felizmente melhorou e salvou-se da morte.

          Este ano, no posto de troca localizado na praia dos Açores, sul da ilha, outro atleta correu sério risco de perder a vida durante a prova. Flavio Sanhudo, teve um principio de parada cardíaca logo após terminar seu percurso. O atleta de 47 anos, foi prontamente atendido por integrantes do corpo de bombeiros que competiam na prova e estavam no posto de troca e por outros atletas que eram médicos. Foram quase 20 minutos de massagem cardíaca para mante-lo vivo até a chegada do Helicóptero de salvamento do Corpo de Bombeiros.

          Flavio e Felipe, foram salvos pela excelente prestação de socorro que receberam. O Corpo de Bombeiros e os médicos lá presentes realizaram realmente o SALVAMENTO de duas vidas devido ao seu excelente trabalho. Verdadeiros Anjos da Guarda.

          Tenho um pouco de aversão a aquela expressão: “O sofrimento é passageiro, desistir é para sempre!” , pode ser motivadora para muita gente, mas espero que não seja levada a risca, pois aguentar o sofrimento por muito tempo, pode obrigar a desistir pra sempre.

          Atletas profissionais, possuem capacidade física e mental além do normal, o que permite que eles arrisquem mais. O corpo deles é preparado pra isso, por isso são profissionais.

          Mas quantos de nós são parte dessa elite? Se alguém respondeu, eu!, muito obrigado pela visita, e deixe seu autografo aí nos comentário faz favor! - Mas se você respondeu, eu não!, pode continuar lendo.

          No mundo dos amadores, colocar a vida em risco, ou até mesmo agravar alguma lesão em prol da vaidade de chegar em determinado tempo ou mostrar que é capaz de superar limites, parece um pouco sem sentido.

          Todo mundo deve ter metas, todo mundo deve buscar seus RPs, isso faz com que a gente levante a bunda do sofá e nos obriga a treinar. Mas fazer isso com saúde e sorriso no rosto é muito mais gratificante do que terminar fazendo careta e passando mal.

          Quero fazer meu sub-45 nos 10km ou então os sonhados sub-1:40 na meia maratona, vou fazer força pra alcançar essas metas, mas não está nos meus planos fazer isso sofrendo além do limite, não será na base do custe o que custar!….no meu objetivo está escrito: terminar feliz. Prefiro não alcançar a meta e continuar correndo, do que ter um lindo recorde e não poder nem comemorar.

          Não sei se os dois atletas que quase morreram, estavam seguindo esta filosofia kamikaze do “não desista nunca”, “vá além do limite”, mas o que aconteceu me fez refletir sobre o assunto.

          Praticar esporte de forma saudável, é praticar esporte de forma consciente.

          LEIA ABAIXO O DEPOIMENTO DO BOMBEIRO EDUARDO MELLO E DO DR. CRISTIANO QUE AJUDARAM NO SALVAMENTO:

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