terça-feira, agosto 28, 2012

Podcast #01 - Corridas em Santa Catarina e Loucos por Corridas

Tenho a imensa satisfação de apresentar o mais novo projeto do blog Correr Vicia. Um Podcast sobre o mundo de corridas de Santa Catarina.

Com a parceria e colaboração do Enio Augusto (Blog Estrupícios Radioativos), o Podcast gravado pela primeira vez hoje, tem o objetivo de informar e comentar sobre os eventos de corridas que aconteceram ou ainda estão por vir no nosso estado.

Pra quem nunca ouviu falar, Podcast é uma espécie de programa de rádio gravado em mp3 que pode ser ouvido direto na internet ou baixando o arquivo e colocando no seu mp3 player.

Foi uma experiência nova para nós, nenhum dos dois tinha muita noção de como fazer ou produzir o programa, mas no fim até que não ficou tão ruim.

Novas edições ainda dependem da aceitação dessa nossa primeira tentativa, por isso comentários e sugestões são muito importantes para que tenhamos “cara-de-pau” para levar o projeto a diante.

Espero que gostem….

segunda-feira, agosto 27, 2012

10km planos e mais uma tentativa de Recorde Pessoal

Track and Fiel Run Series

Faz algum tempo que vinha procurando uma boa prova de 10km em relevo plano para tentar melhorar meu tempo nesta distância. A Track & Field Iguatemi Florianópolis chegou na hora certa e já garanti minha presença na corrida que acontecerá na Beira Mar Norte no próximo domingo 02/09/2012.

Será uma ótima oportunidade de testar os treinos mais velozes dos últimos meses. Minha expectativa é manter o Sub-50 nos 10km, porém com menos esforço. Tentar mais um RP* é um fato que não vou negar, mas como sempre acho que é uma consequência.

O Track & Field Run Series é uma das melhores corridas que temos em Florianópolis, sempre bem organizada e com destaque para o Kit, um bom consolo pra quem pagou R$ 80,00 para correr.

Como a intenção é melhorar um tempo que já foi no limite, a estratégia não poderá ser muito flexível. Já tenho consciência que a cada nova tentativa de RP, o esforço será cada vez mais longo e sofrível. Mas o que seria da superação se não fosse a dificuldade, vamos lá é desse desafio que eu gosto.

*Atual Recorde Pessoal nos 10km - 49:26

quarta-feira, agosto 22, 2012

Correndo em Rio Grande/RS

Esta semana estou em Rio Grande/RS, cidade na qual cresci e morei até concluir a Faculdade de Engenharia Civil. Apesar de ser uma cidade de aproximadamente 200mil habitantes, e com algumas peculiaridades como a Praia do Cassino, o Porto e ter sido o berço do estado do Rio Grande do Sul, está  longe de ser um destino turístico.

Mas é nesta cidade histórica que ainda moram a maior parte das pessoas que vivenciaram a minha formação, que me viram crescer, errar e acertar, até me tornar quem sou hoje, por isso é impossível quebrar esse vínculo. Cada canto dessa cidade tem uma história minha pra contar.

A grande mágoa que tenho daqui é com a eterna falta de incentivo a prática de esportes. Perdi a conta das vezes que eu e meus amigos de adolescência éramos expulsos das quadras de basquete pelos “responsáveis” para simplesmente ficarem vazias.

Quando o professor e guerreiro do esporte riograndino Nerocy Miranda, o “Macaco”, conseguiu com suas forças montar um time de basquete sub-23, o único horário que nos cederam na quadra do IAC era das 23 à 01 da madrugada (não tinha nada antes!), mesmo assim abraçamos a causa e íamos todos juntos aproveitar a oportunidade. Porém 6 meses depois, antes de um treino ele nos reuniu na arquibancada do ginásio para nos dar a notícia de que não queriam mais a gente treinando ali. Motivo? Até hoje não sei, pois até a conta de luz nos propusemos a pagar. Eu tinha 16 anos e me lembro arrepiado da imagem do “Macaco” emocionado ao nos dar a notícia.

A prefeitura chegou a construir um lindo Ginásio naquela época, porém nunca abriram o espaço para nós, mesmo tendo adquirido tabelas de basquete profissionais, que mais tarde fiquei sabendo que nunca foram usadas. Vi essa falta de incentivo se repetir com vários outros esportes.

Consequência? Não conheço ninguém da minha geração que tenha seguido na vida do esporte, e muitos dos amigos que encontro por aqui estão bem acima do peso e com vícios ruins como tabagismo e alcoolismo.

Muito por causa desse cenário e de vários outros detalhes que não cabem em um post, meu grande sonho de adolescência era sair de Rio Grande, o que finalmente aconteceu em 2005, quando fui de “mala e cuia” para a Ilha da Magia, Florianópolis dar sequência na minha vida.

Essa é a primeira visita que faço a Rio Grande depois que comecei a correr, e como para correr só preciso das ruas, fiz questão de trazer meus tênis e garmin para realizar meus treinos da semana por aqui. Não poderia perder essa oportunidade de ver Rio Grande do ponto de vista de um corredor.

Durante o primeiro treino, que realizei ontem, senti muita dificuldade de encontrar um percurso tranquilo para correr, além disso o vento tradicional da cidade atrapalha mais do que muitos morros de Floripa, mas quando completei os 10km fiquei com a sensação de missão cumprida e feliz de depois de algum tempo ter derramado novamente meu suor em solo Riograndino.

Dá uma olhada aí como foi meu treino:

segunda-feira, agosto 20, 2012

Como eles conseguem?

Sempre admirei os atletas que se dedicam a treinar e fazer o Ironman. Nos dois últimos anos pude acompanhar in loco o evento que acontece aqui em Floripa. É emocionante e extremamente motivador assistir e sentir de perto tamanha prova da capacidade humana em superar limites e transformar obstáculos em orgulho e glória pessoal.

Mas depois do treino do último sábado, essa admiração pelos Ironmen ganhou um novo patamar, chegando ao nível de semi-endeusamento. Explico: fui sentir na pele, ou melhor, nas pernas, uma pequena prova do que esses super-humanos passam durante o IM Brasil, e pude ver que é muito mais difícil do que parece.

Nossa planilha (minha e da Jú), previa um treino com pouco mais de 15km, e a convite da nossa treinadora Mariana Andrade fomos fazer esse treino em Jurerê, onde o pessoal do Triathlon da Newpace também estaria “suando a camiseta”.

A Mariana nos sugeriu fazer o treino utilizando um pedaço da 1º volta da maratona do IM, um percurso na sua maior parte plano, mas com ida e volta num trecho de aproximadamente 3km com subidas e descidas muito fortes, o chamado “Caminho do Rei”. [Clique aqui para ver o mapa do percurso da corrida do IM Brasil]

Não quero aqui descrever com detalhes meu treino e o quão pesado ele foi, definitivamente não era um dos melhores dias. Mas vale registrar que durante aquele sobe e desce no “Caminho do Rei”, entre Jurerê e Canasvieiras, lembrei muitas vezes dos amigos e conhecidos que já passaram por ali correndo os primeiros km’s de uma maratona, isso depois de pedalar 180km e nadar 4,5km. Pensando nisso só me vinha uma pergunta na cabeça: Como eles conseguem?

Como falou a Juliana depois do treino, parece que existe uma energia muito intensa naquele lugar. Talvez seja fruto de todo sofrimento, garra e superação já deixados ali pelos atletas, mas que se torna realmente contagiante e inspirador para quem experimenta um pouco daquele ambiente.

Depois desta experiência, tenho certeza que da próxima vez que for assistir e torcer pelos atletas no Ironman, vou ver as coisas de uma forma bem diferente e entender melhor o sentido e motivo pelo qual chamam esses triatletas de Homens e Mulheres de Ferro.

Esse foi o meu treino:

quarta-feira, agosto 15, 2012

O que você queima quando corre?

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Este gráfico simples mas muito interessante, foi publicado no grupo da Newpace (Facebook) pelo treinador Rodrigo Baltazar.

O gráfico mostra o percentual de carboidrato ou gordura gastos de acordo com o tempo que ficamos correndo. Fica nítido que só começamos a queimar gordura depois de 30 minutos de corrida, ou seja, para perder peso não adianta correr 100m rasos ou suar feito um condenado durante 15 minutos na esteira, tem que ir mais longe, gastar mais sola de tênis e persistir correndo por muito mais tempo.

Esse gráfico explica também o motivo pelo qual é recomendada a ingestão dos géis de carboidrato após 40 minutos de corrida. É importante essa reposição de energia para não deixar o combustível acabar antes da hora.

terça-feira, agosto 14, 2012

Vídeo da 3ª Corrida Rústica Vale das Graças

Recentemente tive a oportunidade de colaborar com o amigo e maratonista Renato Ventura, produzindo um vídeo para divulgação da Corrida Rústica Vale das Graças que acontece anualmente na cidade de Angelina.

A 3ª edição da corrida, aconteceu no dia 3 de dezembro de 2011. Meu relato sobre minha participação no evento do ano passado está neste post - [Aqui Foi…– Corrida Rústica de Angelina - 10km].

A 4ª Corrida Rústica Vale das Graças acontecerá no dia 15 de dezembro de 2012 e certamente estarei lá para fazer o encerramento do meu ano de corridas novamente.

Aqui está o vídeo….e recomendo colocar esta corrida no seu calendário.

segunda-feira, agosto 13, 2012

Mo Farah, Usain Bolt e os jogos de Londres’12

Mo Farah e Usain Bolt em Londres 2012

Mo Farah e o raio do Bolt, Bolt e o coração de Farah, uma imagem para a história das Olímpiadas.

Os Jogos Olímpicos de Londres chegaram ao fim. Confesso que sentirei muita falta dessa overdose de esportes. Fui descaradamente um “maníaco psicótico” pelos Jogos de Londres, assisti a todas as modalidades que consegui durante os 17 dias do evento, sem dúvida nenhuma fui contaminado com o “vírus olímpico”.

Mas como o assunto aqui no Blog é Corridas, vou comentar somente o que mais me chamou atenção nas pistas de atletismo.

USAIN BOLT

Insuperável, Bolt não é só o homem mais rápido de todos os tempos, mas um exemplo de atleta, comprometido com o espetáculo e totalmente decidido em ser uma lenda do esporte. Não há quem não simpatize com uma figura como a do Jamaicano.

Pra mim só o tempo vencerá Bolt, mas enquanto esse dia não chega, ele continuará vencendo o tempo. 

MO FARAH

Acompanhei quase todos eventos de atletismo, mas devido a uma humilde identificação tinha interesse especial nas prova de 5.000 e 10.000 metros. Pra minha sorte as duas provas foram das mais emocionantes do evento, com a vitória do atleta da casa Mohamed Farah.

Apesar de famoso no mundo das corridas, Mo Farah não era um dos favoritos, mas depois que é dada a largada as estatísticas ficam para trás e o que conta é ser o melhor naquele momento. Mo Farah deu um espetáculo, surpreendendo Quenianos e Etíopes com uma estratégia de prova perfeita tanto nos 10k, quanto nos 5k.

Além disso deu um show de simpatia e carisma nas comemorações. Mesmo sem ser Britânico, senti orgulho de ver um atleta com aquele espírito de vencedor.

BRASILEIROS NA MARATONA

A maratona masculina dos Jogos de Londres reservaram um momento de orgulho para quem vive o dia-a-dia das corridas pelo Brasil. A dificuldade de ganhar uma medalha era evidente, pois são 105 maratonistas com tempos entre 2:05 e 2:15, mas nossos representantes Marílson, Paulo Roberto e Franck deram o seu melhor e chegaram em 5º, 8º e 13º colocação.

Marílson foi o primeiro não africano e concluiu a prova em 2:11:10. Mas vale destacar que o Brasil foi o único país com 3 atletas entre os 15 primeiros. Nem os países africanos conseguiram esse feito.

ATLETISMO BRASILEIRO

Foi a primeira vez desde 1980 que o atletismo brasileiro não trouxe uma medalha, muito triste. Não vou ficar aqui desenvolvendo teorias sobre esse mau rendimento, mas acho que acendeu a luz de alerta, é preciso agir!!!

RIO 2016

Agora é nossa vez, a próxima overdose de esportes será no Rio de Janeiro em 2016. O Brasil tem a chance de reinventar o esporte brasileiro. Quem sabe essa chama olímpica motive a nossos governantes a investirem de forma massiva na Educação e consequentemente no esporte de base do país.

Acredito e torço para que seja um grande evento no Rio de Janeiro, mas é preciso olhar além, e pensar no esporte a longo prazo. O que me preocupa não é o esporte Brasileiro para daqui a 4 anos, nesse período a visibilidade e investimentos serão inevitáveis, mas temos que nos precaver para que até 2020 essa “onda olímpica” não vire uma marolinha.

Valeu Londres’12, Até o Rio’16 !!!

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