
Mo Farah e o raio do Bolt, Bolt e o coração de Farah, uma imagem para a história das Olímpiadas.
Os Jogos Olímpicos de Londres chegaram ao fim. Confesso que sentirei muita falta dessa overdose de esportes. Fui descaradamente um “maníaco psicótico” pelos Jogos de Londres, assisti a todas as modalidades que consegui durante os 17 dias do evento, sem dúvida nenhuma fui contaminado com o “vírus olímpico”.
Mas como o assunto aqui no Blog é Corridas, vou comentar somente o que mais me chamou atenção nas pistas de atletismo.
USAIN BOLT
Insuperável, Bolt não é só o homem mais rápido de todos os tempos, mas um exemplo de atleta, comprometido com o espetáculo e totalmente decidido em ser uma lenda do esporte. Não há quem não simpatize com uma figura como a do Jamaicano.
Pra mim só o tempo vencerá Bolt, mas enquanto esse dia não chega, ele continuará vencendo o tempo.
MO FARAH
Acompanhei quase todos eventos de atletismo, mas devido a uma humilde identificação tinha interesse especial nas prova de 5.000 e 10.000 metros. Pra minha sorte as duas provas foram das mais emocionantes do evento, com a vitória do atleta da casa Mohamed Farah.
Apesar de famoso no mundo das corridas, Mo Farah não era um dos favoritos, mas depois que é dada a largada as estatísticas ficam para trás e o que conta é ser o melhor naquele momento. Mo Farah deu um espetáculo, surpreendendo Quenianos e Etíopes com uma estratégia de prova perfeita tanto nos 10k, quanto nos 5k.
Além disso deu um show de simpatia e carisma nas comemorações. Mesmo sem ser Britânico, senti orgulho de ver um atleta com aquele espírito de vencedor.
BRASILEIROS NA MARATONA
A maratona masculina dos Jogos de Londres reservaram um momento de orgulho para quem vive o dia-a-dia das corridas pelo Brasil. A dificuldade de ganhar uma medalha era evidente, pois são 105 maratonistas com tempos entre 2:05 e 2:15, mas nossos representantes Marílson, Paulo Roberto e Franck deram o seu melhor e chegaram em 5º, 8º e 13º colocação.
Marílson foi o primeiro não africano e concluiu a prova em 2:11:10. Mas vale destacar que o Brasil foi o único país com 3 atletas entre os 15 primeiros. Nem os países africanos conseguiram esse feito.
ATLETISMO BRASILEIRO
Foi a primeira vez desde 1980 que o atletismo brasileiro não trouxe uma medalha, muito triste. Não vou ficar aqui desenvolvendo teorias sobre esse mau rendimento, mas acho que acendeu a luz de alerta, é preciso agir!!!
RIO 2016
Agora é nossa vez, a próxima overdose de esportes será no Rio de Janeiro em 2016. O Brasil tem a chance de reinventar o esporte brasileiro. Quem sabe essa chama olímpica motive a nossos governantes a investirem de forma massiva na Educação e consequentemente no esporte de base do país.
Acredito e torço para que seja um grande evento no Rio de Janeiro, mas é preciso olhar além, e pensar no esporte a longo prazo. O que me preocupa não é o esporte Brasileiro para daqui a 4 anos, nesse período a visibilidade e investimentos serão inevitáveis, mas temos que nos precaver para que até 2020 essa “onda olímpica” não vire uma marolinha.
Valeu Londres’12, Até o Rio’16 !!!