
Os comentários nos bate-papos entre amigos já davam sinais de que a Corrida pela Paz No Drogas contaria mais uma vez com excelente público. Para ajudar ainda mais, o dia amanheceu perfeito para correr, sem nuvens, temperatura entre 15ºC e 18ºC, praticamente sem vento, motivando ainda mais os quase 1100 atletas que compareceram ao evento na Beira Mar Norte de Floripa.
Foi a segunda vez que participei deste evento, a primeira de forma “oficial”, já que no ano passado corri os 5km na pipoca como eu conto neste post [leia o post do ano passado]. Desta vez me inscrevi nos 10km e fui para a prova com a intenção de correr forte mas sem me preocupar com tempo.
A corrida promovida pela ONG No Drogas que tem sede no norte da ilha, além de estimular o nosso esporte, tinha uma causa muito bonita. A ONG trabalha no tratamento de dependentes químicos e possui vários projetos sociais voltados aos jovens onde busca através do esporte evitar que adolescentes e crianças entrem para o mundos das drogas.
ENCONTROS
Antes da corrida, os encontros com amigos foram diversos. Começando pelo Sebastião e seu filho Bruno que encontramos por acaso caminhando pelo acostamento da rodovia perto do trevo do Rio Tavares, indo pegar o ônibus para ir até a Beira Mar, e acabamos dando carona para eles.
Entre os vários amigos loucos por corridas e afins que encontrei antes e depois da corrida, vou destacar o encontro com o atleta e blogueiro Diego Bandeira [http://correrparacrer.wordpress.com/], colega de pista e de mundo virtual que apesar de já ter trocado algumas ideias por Twitter, FB e Blogs, e morarmos na mesma cidade, ainda não conhecia pessoalmente.
Ainda sobre blogs, também encontrei e bati um papo sobre nossas páginas com a corredora e blogueira Helena do [http://correndodebemcomavida.blogspot.com.br/], e claro também estava por lá o meu amigo e parceiro de podcast, Enio Augusto [http://radioativos.blogspot.com.br.] (Foto), com quem conversei sobre os detalhes da 3ª edição do Por Falar em Corrida que será gravada essa semana.
MINHA PARTICIPAÇÃO
Como falei, fui para esta prova com a intenção de correr forte, mas sem me preocupar com o tempo. Pensando muito nas dicas que recebi dizendo para me importar menos com o Garmin durante a corrida.
Me importei tão pouco com o Garmin, que esqueci de prepara-lo para a largada, quando vi foi um foguetório sinalizando o início da prova e eu torcendo para o gps localizar rápido os satélites. Mas sabe aquela lei de Murphy, pois é, estava lá! Demoraram longos 2 minutos para localizar os satélites, enquanto isso fiquei ali esperando parado em frente o tapete da largada para poder disparar o cronometro junto com a passagem do chip.
Apesar de ter ficado bem pra trás na largada, procurei não exagerar no ritmo tentando recuperar o tempo perdido, até porque o tempo líquido era o que importava. Aos poucos fui entrando no ritmo e ganhando velocidade, a única parte ruim foi ter que ficar zig-zagueando para ultrapassar os mais lentos.
No geral me senti bem a prova inteira e consegui correr progressivamente mesmo sem controlar no Garmin, o único momento que acabei não fazendo um pace tão bom foi no 8ºkm, onde lembro de ter dado uma relaxada pensando em poupar um pouco para o final. Ainda tenho que aprender a dimensionar melhor o momento que posso atacar e aumentar a velocidade nos últimos kms, tenho um pouco de insegurança em arriscar muito cedo e quebrar perto da linha de chegada.
Fiz o último quilômetro a 4’26”/km, e cruzei a linha de chegada em 47’22”. Esse tempo provocou uma ambiguidade de sentimento em mim, pois se eu pensar que meu recorde nos 10km é 46’15”, posso avaliar que fiquei 1min acima do meu melhor, mas por outro lado, esse recorde não tem nem um mês, e quando conquistei ele meu objetivo era fazer os 10km em 47’30”, ou seja, 10seg acima do que fiz ontem. Confuso né? Mas de qualquer forma fiquei feliz por continuar abaixo dos 50’!
ORGANIZAÇÃO
Apesar de mobilizar mais de 1000 atletas e ter conseguido realizar uma prova com preço acessível (R$ 23,00), a organização apresentou algumas falhas que foram destacadas por vários amigos logo após a prova e pelas redes sociais.
- Largada - a largada atrasou aproximadamente 5 minutos, o que na minha opinião não é nada demais. O que eu não curto são largadas de surpresa, sem uma contagem regressiva, ou anúncio do locutor antes do sinal.
- Hidratação - esse foi o maior problema da corrida na minha opinião. Quem correu os 5km não teve ponto de hidratação, e nos 10km foi um posto único onde os corredores passavam duas vezes. A organização não alertou sobre essa escassez de água no trajeto e eu mesmo acabei sendo pego de surpresa ao recusar a água do primeiro posto e descobrir que só teria água novamente no retorno. Hidratação é coisa séria, e deve ser uma das, senão a principal preocupação da organização de uma corrida.
- Cronometragem - apesar de ser uma prova com cronometragem com chip, os resultados do site da chiptiming só apresentam resultados de tempo bruto, ou seja, minha espera em frente ao tapete de largada para registrar o tempo líquido foi totalmente em vão!
- Premiação - Apesar de serem chamados no pódio os 3 primeiros de cada categoria, só o primeiro ganhou troféu. No regulamento dizia que o 2º e 3º colocado de cada categoria ganhariam medalhas especiais, o que não ocorreu, por sinal escutei dizer que faltaram medalhas para alguns “finishers”, o que na minha opinião é pura falta de organização ao determinar o limite de inscritos.
RESULTADO
Meu tempo líquido registrado pelo Garmin, já que a cronometragem não apresentou este tipo de resultado, foi de 47’22” em 10,22km (o percurso tinha 220m a mais). O tempo bruto foi de 48’48”.
No geral masculino fiquei em 115º de 337 participantes nos 10km.
Na categoria M30-34 minha colocação foi 27º de 66 participantes.
REGISTRO DO GARMIN