No último domingo participei da 1ª Corrida Cross Country da Barra da Lagoa, promovida e organizada pela ACORSJ (Associação dos Corredores de Rua de São José). Foram aproximadamente 207 atletas que fizeram os 10km da prova individualmente ou em duplas.
Eu e a Juliana nos inscrevemos na categoria de duplas mistas, já que nenhum de nós está 100% para encarar uma prova de 10km em trilhas. em início de temporada, ainda longe das provas alvo, é bom ser prudente, pelo menos nós pensamos assim.
O dia amanheceu lindo e perfeito para quem ia curtir uma praia com “sombra e água fresca”, mas pra quem ia participar de uma corrida Cross Country, o dia estava quente demais. E a para piorar e dificultar um pouco mais, a prova estava marcada para largar às 9:00h da manhã, que com a mudança de horário, era equivalente a 10:00h do horário de verão.
Pra resumir o drama, pouco antes da largada, o termômetro já marcava 32°C, e a sensação térmica era certamente próxima a 35°C, ótima temperatura pra fritar e/ou cozinhar um corredor
MINHA PARTICIPAÇÃO
A prova de revezamento da qual participamos, foi dividida em um trecho de 5,5km, que ficou comigo, e outro de 4,5km que ficou para a Jú fazer.
Aqueles 5,5km, foram os meus piores em uma corrida até hoje. Fiz tudo errado, planejei e acreditava que conseguiria fazer uma corrida forte, mas fui além do que podia para meu preparo atual. Acabei sucumbindo muito antes do que devia e tive que terminar a prova com raiva de não ter aguentado e cumprido meu objetivo.
Larguei muito forte, meu 1ºkm foi com pace médio de 4’20”/km, com alguns picos de 3’54”/km. Considerando que estava correndo na areia e com um sol de derreter, estava na cara que aquela loucura da largada não terminaria bem.
Na metade do caminho, o percurso saia da praia e entrava em uma trilha pelo bosque do Rio Vermelho. Ao ver a entrada do bosque ao longe, até tive uma esperança de que as coisas iam ficar mais fáceis sob a sombra das árvores, ledo engano. Apesar da sombra no bosque, não tinha uma brisa sequer, o que fez o calor continuar insuportável.
Logo na entrada do bosque veio a pior parte da prova pra mim. Fui além do que poderia ter ido nos 2,5km de praia, tentei reduzir o pace para retomar o fôlego, mas não funcionou, então a solução foi ser consciente dos limites e caminhar alguns metros. Foram aproximadamente 40 segundos de caminhada para desafogar, funcionou, mas o psicológico ficou bem abalado.
Me senti um derrotado, a corrida havia perdido totalmente a graça naquele momento. Voltei a correr num pace bem mais prudente, afim de terminar logo, mas sem caminhar de novo.
Nunca tinha sentido tamanha frustração em uma corrida, mas serviu para perceber que a pior coisa numa situação dessas, não é a parte física, mas a psicológica. O fôlego, com uma parada, volta, mas a concentração e motivação vão embora e não voltam mais.
Terminei os 5,5km do meu trecho com aproximadamente 29’30”. Digo aproximadamente, pois esqueci de desligar o cronômetro quando entreguei o bastão para a Jú.
A DUPLA E O RESULTADO
Optar pela prova de revezamento em parceria com a Jú, foi uma das escolhas mais inteligentes que já fiz. Além de me “obrigar” a terminar meu trecho sem desistir, em respeito a minha parceira, também era consolador saber que não teria que sofrer por muito tempo. Se tivesse que fazer os 10km sozinho, não teria completado.
A Jú fez o trecho de 4,5km em 23’21” e acabamos chegando na 6ª colocação entre 15 duplas.
PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS
| POSITIVO | NEGATIVO |
| Percurso Diferente e Inovador para provas de 10km em Florianópolis. Longe da Beira Mar! | Horário da Prova (9:00h) |
Ótimo Custo-Benefício
(R$30,00 + Pacote de Fraldas) | Atraso na largada (15 min) |
| Boa sinalização nas trilhas | Sem cronometragem eletrônica |
| Animação do evento | Resultados bagunçados |
| | Demora nas premiações |
REGISTRO DO GARMIN
(Fonte de Fotos: Loucos por Corridas)
Faço a maioria dos meus treinos em uma rua com muito poucas calçadas, o que me obriga a ter que correr pela famigerada sarjeta, dividindo espaço com os carros. E desde que comecei a correr, vejo cada vez mais gente correndo nessa mesma rua e com este mesmo problema, porém alguns atletas acabam agravando o risco por desconhecerem uma regra básica para quem caminha ou corre na sarjeta: Andar na CONTRA-MÃO.
