Outro dia, vendo mais uma reportagem sobre Olimpíadas que mostrava a chegada agonizante da maratonista Gabrielle Andersen-Schiess (suíça, nascida em 20 de maio 1945) um detalhe me chamou a atenção. Pela primeira vez reparei no tempo em que aquela atleta completou a maratona. Esse pequeno, mas importante detalhe me vez ver aquele momento com outros olhos.
Talvez por não praticar o esporte nas Olimpíadas passadas, eu não tivesse noção, nem desse importância ao que pra qualquer competidor de corridas é o dado mais importante para medir seu feito: o tempo.
Ver a atleta suíça toda torta e demorando mais de 5 minutos para percorrer os últimos 400 metros da maratona, fazem com que vejamos ela como uma pessoa normal que luta para cruzar a linha de chegada. Mas pode acreditar, não é o caso!
Gabrielle Andersen-Schiess mesmo tropeçando nas próprias pernas, terminou uma das maratonas mais quentes da história em 37º lugar entre 50 atletas que largaram. Destas 50 somente 44 conseguiram concluir a prova, sendo a brasileira Eleonora Mendonça a última a cruzar a linha de chegada.
E o mais impressionante, ela correu os 42km em 2:48:42. Um tempo que me fez ver aquele momento com mais admiração ainda, e considerar a Gabrielle uma verdadeira super-atleta.
Aquela era a primeira vez que a maratona feminina fazia parte dos jogos olímpicos, e a última chance de Gabriela participar e completar uma maratona olímpica. Ela já tinha 39 anos e tinha consciência de que seria muito difícil ter uma nova chance de cruzar a linha de chegada no evento esportivo mais importante do planeta. Pensando assim ela decidiu não desistir e ir até o final mesmo com caimbras por todo o corpo para conquistar um sonho.
Um ano antes das Olimpíadas, ela havia vencido duas importantes maratonas nos Estados Unidos (Califórnia International Marathon - 2:33:25 e Twin Cities Marathon - 2:36:22), além de ser recordista suíça em várias distâncias.
A campeão daquela maratona foi Joan Benoit (USA), que também merece ser reverenciada, pois em menos de 4 meses fez uma artroscopia no joelho, disputou e ganhou as seletivas americanas e conquistou a medalha de ouro em Los Angeles com um tempo de 2:24:52, o que ainda hoje é um tempo excelente. (em Pequim ‘08 a vencedora fez em 2:26:44).
A reportagem a baixo mostra a atleta suíça em 2004, se você se interessou pela história vale a pena assistir.
Link para os resultados da Maratona Feminina das Olimpíadas de Los Angeles 1984 - [Clique Aqui]
Joan Benoit, a campeã - [Clique Aqui]
Excelente! Nunca tinha parado para me perguntar sobre o tempo dela.
ResponderExcluirEste post foi citado pelo Danilo Balu no Blog Recorrido. Uma honra. parabéns!
Excluirhttp://revistacontrarelogio.com.br/blogs/recorrido/2012/07/25/leituras-de-4a-feira-6/
Valeu por avisar Adolfo....Obrigado!!
ExcluirAbração
As aparências realmente enganam, na minha humilde ignorância nunca me perguntei sobre o tempo dela, só sei que me remetia á um tempo bem maior. Linda história, excelente atleta isso servirá de reflexão e motivação para muitas gerações que virão, inclusive pra mim.
ResponderExcluirPois é Renato, eu me surpreendi também!!!
ExcluirAbraços
Esqueci de assinar o comentário acima, Renato Luiz Ventura.
ResponderExcluirHá tempos eu li a história dela e sabia da colocação, mas não havia me atentado ao tempo de prova. Isso só torna a história ainda mais impressionante, Guilherme.
ResponderExcluirParabéns pelo post.
Valeu pela visita e leitura André.
ExcluirAbraços
Eu nunca tinha me atentado para os detalhes dessa história. E menos ainda ao tempo da corredora. Mudou totalmente minha opinião sobre a cena.
ResponderExcluirÓtimo post Guilherme!!!
Abraços,
Danilo Confessor
Blog Confissões de um Confessor
Pois é Danilo, eu me deparei com essa informação por acaso, mas me surpreendeu muito também.
ExcluirAbraços
Parabéns Guilherme. Por posts como esse o seu blog é refrencial.
ResponderExcluirTambém só me lembrava da históoria, mas os detlahes que você revelou são importantíssimos.
Quando vemos a cena, imaginamos uma coitadinha que se superou. Mas a Gabrielle foi uma verdadeira heroína.
Obrigado pelo "referencial" Luiz, mas acho que precisa melhorar muito pra isso!!! Mas fico feliz que as pessoas que curtem a corrida gostam.
ExcluirValeu
Abraços.
Olá Guilherme.
ExcluirPerdoe-me pelos erros de digitação. Escrevendo fora dos editores esqueço de revisar e sai umas vergonhas assim hahaha.
Já te adicionei ao Ranking e estou conversando com algumas pessoas para tentar mais uns brindes maneiros.
Um grande abraço!
Eu mesmo só fui descobrir isso há pouco tempo. Pensava que ela era uma daquelas pessoas sem preparo, que vai só para terminar. E já achava demais essa chegada dela. Depois que me dei conta. É UMA OLÍMPIADA. Você não paga para correr. Só vai se fez determinado tempo. Tempo baixo. Aí passei a admirar ainda mais. Eu bem estou lutando para baixar das 4 horas.
ResponderExcluirMuito legal seu post. Já havia me questionado sobre o tempo dela , mas nunca havia ido procurar,fiquei impressionada.
ResponderExcluirParabéns pelo post!
Atrasado, mas em tempo...rs
ResponderExcluirEu já havia escrito algo no ano passado a respeito e sabia que a danada havia corrido sub3. A imagem é que é muito forte e faz pensar que ela se arrastou por umas 6hs rsrs.
Na verdade fez muito calor durante a prova e isso prejudicou muitos atletas.
Boa lembrança em época de olimpíadas!!
Abração!
Diego
@correrparacrer
http://correrparacrer.wordpress.com/
Oi Guilherme,
ResponderExcluirAssisti uma entrevista dela no globo esporte, ela dizia que foi uma surpresa ela se tornar um simbolo de superação e força de vontade, pois pra ela era vergonhoso ter chegado daquela forma, ela disse que o que aconteceu foi que quebrou realmente... realmente incrível.
Abraço.