sábado, dezembro 08, 2012

Mizuno 10 Miles Series Porto Alegre - Correndo em “Forno Alegre”

 
No domingo dia 02/12, às 8:00h, era a vez de cumprir a segunda etapa do desafio traçada para Porto Alegre. Menos de 12h depois de participar da Corrida Monumental, já estava pronto para correr os 16km da Mizuno 10 Miles Series.

O cansaço das pernas, uma noite mal dormida, o forte calor, tinha tudo para dar errado. Mas a dificuldade acabou me motivando durante a corrida, e a excelente organização do evento me deu condições, mesmo que sofrendo, de completar a minha primeira prova de 10 milhas e cumprir o meu desafio.

 

UM EXEMPLO DE CORRIDA


Se me faltava um parâmetro para responder: “O que é uma corrida bem organizada?”, agora não falta mais. A Mizuno 10 Miles, será daqui pra frente, um bom exemplo pra descrever o que espero de um evento de corrida.

A entrega dos kits foi rápida, sem filas. O kit simples mas de boa qualidade, com toalha, bolsa e camiseta poliamida, que por sinal é a mais bonita que já recebi. A arena do evento era muito bonita e com serviços como massagem e teste da pisada disponíveis a todos atletas.

No dia da corrida, os exemplos de boa organização e preocupação com os atletas ficaram ainda mais evidentes. A largada pontual, marcações de distância e sinalização perfeitas, portais de spray d'água ao longo do percurso, postos de hidratação de água e isotônico, um posto no 12ºkm com esponjas de água gelada para refrescar e um Care Station com massagista e socorro médico entre o km 12 e 13.

Pra finalizar com chave de ouro, a medalha era linda e fotos e vídeo de chegada gratuitos no site do evento.

O preço, R$ 65,00, acho que não preciso dizer mais nada. Um exemplo de evento a ser seguido.

 

MINHA PARTICIPAÇÃO

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Acordei após 4 horas de sono, com um pouco de cansaço nas pernas e preocupado se conseguiria correr decentemente os 16km. Para piorar a situação, Porto Alegre amanheceu “pegando fogo”, um calor que só quem já esteve em “Forno Alegre” no verão sabe do que estou falando. O termômetro de rua marcava 24ºC às 8:00h, sem vento e um sol de rachar.

Larguei junto com a Juliana, e fomos devagar, usando os primeiros km’s para aquecer e sentir como estava o corpo. A Jú parecia não estar no melhor dia, mesmo correndo acima de 6’00”/km aparentava uma certa  intranquilidade. Confesso que fiquei preocupado e acabei acompanhando ela até o 4ºkm.

A partir do 4ºkm, vendo que a Juliana já tinha encontrado seu ritmo, resolvi acelerar um pouco e fazer a minha própria corrida. Do 5º km em diante já conseguia correr num pace de 5’20”/km, o melhor que eu conseguiria fazer naquelas condições.

Tentei não me preocupar com o Garmin, na verdade foi fácil, afinal aquele calorão serviria de desculpa para qualquer mau rendimento. Só me preocupava em manter um ritmo agradável, que não me matasse antes da hora e ao mesmo tempo me permitisse terminar o mais rápido possível aquele sofrimento.

Após o retorno no km 6,5, cruzei novamente com a Jú, e fiquei mais tranquilo ao ver que ela estava bem. A prova desse alívio, foi que o 7ºkm acabou sendo o meu km mais rápido da corrida (5’18”/km), dali pra frente só pensava em concluir a prova da melhor forma possível.

Tentei aproveitar os postos de hidratação da melhor forma para combater o calor. Sempre pegava 3 copos de água, 1 para beber e outros 2 para derramar pelo corpo, era um verdadeiro banho. No km 12, uma esponja com água gelada para derramar no corpo foi como ver um oásis no deserto, sou capaz de dizer que se não fosse aquela esponja molhada, eu teria derretido. Era até engraçado ver a alegria dos corredores ao receber a dita esponja.

O tempo foi passando e o que era praticamente inevitável acabou acontecendo. No 13ºkm, logo depois de passar em frente a chegada e ir em direção ao fim da avenida para fazer o retorno, não aguentei mais e caminhei por uns 200m. Sou capaz de dizer que os 3 últimos km’s desta corrida foram os mais difíceis da minha vida de corredor.

Caminhei um pouco e retornei a correr porém em ritmo bem mais lento. Só pensava em terminar logo. Fiz os últimos 3km’s a 6’43”/km, 6’41”/km e 6’10”/km respectivamente.
Cruzar a linha de chegada da Mizuno 10 miles, foi além de uma vitória pessoal e o cumprimento de um desafio, um grande alívio.

Depois de cruzar a linha de chegada, descansar um pouco e encontrar o Enio e minha família, resolvi voltar caminhando e buscar a Jú. Encontrei ela a uns 400m do fim e fui acompanhando até a linha de chegada. Agora sim, missão cumprida!!!

 

RESULTADOS


Minha intenção era fazer o melhor possível nesta corrida, e fiz. Só não esperava que seria um dia difícil de correr, então acredito que o tempo de 1h33’21” poderia ser muito melhor em condições de fadiga e temperatura normais.

Mas apesar de o tempo não ser dos melhores, a sensação de superação já serviu para colocar o carimbo de “valeu a pena!” nessa participação da Mizuno 10 miles.

Tempo oficial: 01:33:21

Colocação Geral: 167º de 280

Colocação categoria M30-34: 33º de 41

Total de participantes da corrida: 1016 concluintes

 

REGISTRO DO GARMIN



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Guilherme Preto

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