segunda-feira, abril 30, 2012

Programação e metas para maio

Neste mês de maio vou participar de 2 corridas como preparação para a Meia de Floripa O2, são elas:

A primeira será a Corrida de Aniversário da Polícia Militar de SC, que acontecerá no próximo sábado, dia 05/05 às 15:30h, na Beira Mar Norte. Serão 7km em terreno plano, em um percurso já “manjado” pelos corredores de Floripa.

A segunda será a Corrida Pedra Branca, no dia 20/05, em Palhoça. Ano passado participei dessa corrida em dupla com a Juliana, onde cada um fez 6km (veja aqui o post sobre a corrida), porém este ano não existe a possibilidade de revezamento e os atletas terão que escolher entre as distâncias de 3km, 6km e 12km. Optei por correr os 12km, com a intenção de testar minha preparação para a Meia de Floripa O2, a Juliana dessa vez fará a prova de 6km.

Como falei, meu objetivo é participar destas provas como preparação para a Meia de Floripa em junho, portanto não terei responsabilidade nem cobranças quanto a melhorar meus tempos. Mas acredito que com o treinamento que tenho feito, o ganho de velocidade será inevitável.

Minhas metas serão:

  • Corrida da PM-SC: 7km – 37min
  • Corrida Pedra Branca: 12km - 1h05min

 

Informações e inscrição:

Corrida de Aniversário da Polícia Militar de SC - http://www.acorsj.com.br/

Corrida Pedra Branca  - http://www.corridapedrabranca.com.br

sexta-feira, abril 27, 2012

Corrida Rústica da Palhoça – 5km

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No sábado, dia 21/04, participei da Corrida Rústica em comemoração aos 118 anos de emancipação do município da Palhoça/SC.

Esta corrida não estava no meu calendário, fiquei sabendo dela durante a semana pelo grupo Loucos por Corridas e no blog Correndo de Bem com a Vida (Helena). Dois motivos foram determinantes para que eu decidisse em participar desta prova:

  1. De Grátis: a prova organizada pela prefeitura tinha inscrição gratuita, o que me atraiu na mesma hora. A prova não dava “kit’s” nem medalha de participação, a premiação era somente para os 5 primeiros de cada Categoria, mas tinha o que pra mim era o mais importante, tinha uma corrida. Fiz questão de comparecer com o objetivo de incentivar para que tenham mais eventos desse tipo, onde a vontade de correr é maior do que qualquer vaidade.

  2. Loucos por Corridas: a certeza de encontrar os Loucos por lá foi decisiva para ir do Campeche a Palhoça participar dessa corrida. Desde a volta de NY, eu e a Jú ainda não tínhamos tido tempo pra conversar com essa galera e não poderíamos perder essa oportunidade para colocar a conversa em dia.

557758_363830823669316_100001272041331_1126465_1098238644_nDesta vez o Sebastião e seu filho Bruninho, foram de carona com a gente, o que já rendeu uma boa conversa no trajeto até a Palhoça. Sebastião é um verdadeiro Louco por Corridas, que inclusive já fez a Maratona de Santa Catarina vestido de Chapolim, um corredor cheio de histórias, algumas contadas no seu Blog. (http://sebastiaoadnir.blogspot.com.br)

A corrida estava programada para as 16:00h, mas chegamos bem cedo, por volta das 13:40h, sobrando bastante tempo para jogar conversa fora, contar e ouvir histórias com quem apareceu por lá.

Antes da largada da Rústica, teve a corrida das crianças, outro detalhe muito legal deste evento promovido pela prefeitura de Palhoça. É muito legal ver a criançada correndo e tomando gosto pelo esporte, na minha opinião esse é um dos caminhos pra se construir um mundo melhor.

574983_417994161546237_100000069705041_1665192_59235623_nA largada atrasou um pouco, e acabou acontecendo somente as 16:30h. Fazia muito tempo que não participava de uma corrida de 5km, e já tinha me esquecido a “pauleira” que é. Diferente das provas acima de 10km, nessas provas curtas não existe muitas maneiras de cadenciar o ritmo, o jeito é tentar manter um ritmo quase no limite até a metade, e depois ir até o final no limite.

Como era um “treino de luxo”, meu objetivo era não exagerar e fazer uma boa prova dentro do possível. Coloquei no Garmin um pace de 5’00”/km como meta. Nos primeiros km’s já tinha percebido que havia me subestimado. Completei os 2 km’s iniciais com pace de 4’19” e 4’10” respectivamente.

Antes da prova, já tinham me avisado que haviam 2 subidas fortes no trecho final, então resolvi dar uma segurada para não “morrer” no final. O 3º km fiz em 4’41”, e comecei a encarar as subidas num ritmo bom para fazer tudo sem caminhar. O 4º km foi o mais lento da prova, 4’52”, fruto da segunda subida que era bem íngreme.

O último km foi no gás que sobrou, e mesmo assim consegui fazer um bom pace de 4’27”, cruzando a linha de chegada em 22min 20seg, um novo recorde pessoal nos 5km.

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Sem dúvida nenhuma valeu muito a pena participar dessa prova, além de ter corrido bem melhor do que o planejado, pude reencontrar os amigos e curtir essa boa energia do mundo das corridas de pequeno porte, mas de grande coração.

quinta-feira, abril 26, 2012

17º Revezamento Volta à Ilha – Equipe Newpace

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A primeira prova que participei depois da meia maratona de Nova York, foi o 17º Revezamento Volta à Ilha. A equipe Newpace Assessoria Esportiva, foi composta por: Diego Nunes, André Sardá, Samo Fischer, Denise Ventura, Roberto Otero, Aloma Sinara, Maria Zileine Cardoso, Isabel Rodrigues, Pitter da Silva, José Filipe Neis, Juliana Wutke e Guilherme Preto. (Categoria: Participação B)

O Volta à Ilha é uma das maiores provas de revezamento do mundo, e este ano contou com mais de 3.000 atletas divididos em 394 Equipes percorrendo 140km ao redor da Ilha de Santa Catarina.

A largada do Volta à Ilha é feita em “blocos”, com a primeira saída acontecendo às 4:00 da madrugada. A nossa largada foi as 5:15h, quando o Diego saiu do trapiche da Beira Mar para fazer o Trecho 1. (Veja a descrição dos trechos aqui).

AP12VI59_Baixa-1800x1200pixels300dpiO Trecho 2, já era o meu primeiro trecho, ainda era noite quando por volta das 5:47h eu parti para percorrer os 4,8km entre o João Paulo e o Office Park na SC 401. O Diego fez um ótimo tempo nos primeiros 7,1km e acabou chegando antes do que eu imaginava. Por sorte, eu fazia o aquecimento próximo ao posto de troca e quando o fiscal gritou o número da equipe que estava chegando corri pra pegar o bastão e seguir no percurso.

Por ter sido “pego de surpresa” na troca, sai meio estabanado tomando um gel de carboidrato e carregando uma garrafa de água nos primeiros metros. Além disso, acabei esquecendo de ligar o Garmin antes para reconhecer o satélite, que só começou a funcionar depois de 1,23km já percorridos.

A primeira parte destes 4,8km, era com subidas e descidas, mas por ser logo no início do trajeto não foi tão difícil de encarar e acabei conseguindo colocar um bom ritmo na corrida. Como eu já conhecia bem o percurso do Bairro João Paulo, soube a hora certa de acelerar, e nos últimos 2,5 km, já na SC 401, fiz um bom pace até terminar o trajeto em 24min 05seg.

Minha segunda participação foi no Trecho 11, na praia do Moçambique. O trajeto de 5,7km pela praia, estava melhor do que eu imaginava, pois a chuva deixou a areia mais firme. Larguei as 11:48, e logo no início o ritmo já era bem abaixo do que eu tinha programado, em torno de 5’05”/km. Porém, na metade do trecho, com alguns desvios que tive que fazer para escapar das ondas que avançavam sobre a praia, as pernas começaram a pesar e para evitar um desgaste maior acabei reduzindo o ritmo. No fim entreguei o bastão em 29min 52seg.

Por último, resolvi fazer um “Bônus Track”, acompanhando a Juliana no último trecho do Volta à Ilha (Trecho 19). O percurso de 6,2 km entre a Baia Sul e a Beira Mar Norte. Desde o início deixei a Juliana colocar o ritmo para não atrapalhar, mas ela foi muito bem principalmente nas subidas e descidas da prainha. Quando estávamos chegando próximo ao sambódromo, resolvi dar uma puxada no ritmo e ela mesmo que cansada acompanhou. Combinei com ela que iria até a Ponte Hercílio Luz com ela e depois acelerava para ir recebe-la com toda equipe na chegada.

AA12VI6767_Baixa-1800x1200pixels300dpiPor volta das 18:58h a Juliana apontou na reta final, e junto com toda equipe em uma recepção calorosa, cruzamos a linha de chegada concluindo os 140km do revezamento que abraçou a Ilha de Santa Catarina.

Durante o percurso tivemos alguns atrasos devido ao mau desempenho do motorista da van, que demonstrou o tempo todo uma má vontade gigantesca de estar ali. Fica a dica: Escolham bem a Van para participar do Volta à Ilha. O motorista além de conhecer muito bem Floripa, deve pelo menos ser simpático para não ser uma nuvem negra dentro da Van. (um veículo auxiliar, também é indispensável para evitar atrasos nos postos de troca)

Mas o que fica depois de um evento como esse, é a alegria de compartilhar com uma equipe de amigos e cheia de gente viciada em correr, um dia inteiro de muito suor e endorfinas por um paraíso como Floripa.

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Tempo total da Equipe: 13h 40min 54seg (adicionado 15min de punição)

Colocação na Categoria Participação: 129º de 264

Link do Garmin:

*O 17º Volta à Ilha aconteceu no dia 14/04/2012

sábado, abril 21, 2012

Correr Vicia – 1 ano correndo e blogando!

Hoje, 21 de abril, o blog Correr Vicia completa 1 ano de vida. Nesse período muitas histórias foram contadas aqui. Transpiração e Inspiração contínua durante 1 ano completo.

Tenho muito a agradecer a todos que passaram por aqui, cada um dos 12.000 acessos e vários comentários deixados no blog durante esse ano, me motivaram a correr cada vez mais e continuar blogando.

O que tenho a dizer é: -“Correr me faz blogar, e blogar me faz correr!!!” – um verdadeiro ciclo vicioso que alimenta o Blog Correr Vicia.

Leia o primeiro post pra relembrar: “O começo…”

sexta-feira, abril 20, 2012

NYC Half ‘12 – Os últimos 11 km’s e a chegada

ny city 143Depois de correr os 10 primeiros km’s dentro do Central Park, entramos na 7th Av. e o visual da corrida mudou radicalmente, as árvores do Central Park deram lugar aos prédios que fazem de Nova York uma verdadeira selva de pedra. O ambiente tranquilo da natureza do maior parque da cidade, dava lugar a avenidas largas e prédios imponentes por todos os lados.

Nossa estratégia de corrida inicial, era corrermos primeira metade da prova juntos, independente do ritmo. Combinamos de utilizar o 10º km como checkpoint para decidir qual o ritmo que cada um seguiria. No caso de nosso ritmo e estado físico estarem muito diferentes, seguiríamos cada um na sua corrida para não prejudicar o outro. Já tínhamos inclusive marcado um ponto de encontro depois da chegada no caso de nos separar, mas não foi necessário.

Olhando no Garmin vi que o ritmo estava abaixo dos 6’30/km, ou seja, estávamos dentro do pace certo para completar a prova dentro do nosso objetivo de 2:30h. Além disso, fazendo aquele pace nem sentimos os 10 km’s iniciais. Bem fisicamente e dentro do tempo previsto, não existiam motivos para não completarmos a prova juntos. Seguimos lado a lado para cruzar Manhattan correndo.

meia fotos 3O percurso seguia 17 quadras na 7th Av. até a rua 42, mas logo depois do terceiro quarteirão já era possível avistar as luzes dos famosos painéis de publicidade da Times Square. Desde o início da 7th Av. bandas de músicas nas calçadas e muitos torcedores nos acompanhavam. As vezes é até difícil manter um pace, de tanta novidade ao redor, se não focar na corrida (e é difícil!) você acaba caminhando pra admirar aquele cenário de filme.

A Times Square é definitivamente o ápice da NYC Half Marathon, um lugar naturalmente repleto de pessoas 24h por dia, onde a torcida faz muito barulho e todos corredores são contaminados pela alegria e orgulho de estar participando da meia de Nova York. A energia e felicidade de todos, torcida e corredores, na passagem por aquele lugar, serve de recarga das baterias e motivação para o restante da prova.

Durante a travessia da Times Square, o corredor se sente uma atração de Nova York. A torcida aplaude e grita como se fossem atletas profissionais e famosos passando por ali, bastava levantar o braço e abanar que o barulho aumentava.

meia fotos 6Passando pelos telões iluminados da Times Square, o percurso virava a direita na rua 42, e partia em direção a margem oeste da ilha de Manhattan. Na metade deste caminho, tinha o posto de hidratação que eram fornecidos os géis de carboidrato. O fato de fornecerem os géis gratuitamente é muito legal e mais um ponto positivo da organização. A parte ruim é o estado que fica o chão ao redor da área de fornecimento. Depois de tomar o gel, todo mundo jogava a embalagem no chão, que ao ser pisoteada espalhava o resto de gel que tinha no seu interior pelo piso, resultado: Um grude só! Parecia que estavámos correndo sobre uma cola.

Seguimos pela rua 42 até a West Side Highway no 13º km, às margens do rio Hudson. Da metade da rua 42 em diante a torcida diminui consideravelmente, e o incentivo fica por conta dos treinadores das equipes, bandas e dj’s. É um momento mais intimista da meia, onde finalmente começamos a levar a corrida mais a sério.

No 15º km, perguntei mais uma vez para a Juliana como ela estava se sentindo, e a resposta me surpreendeu tanto quanto nosso primeiro beijo, disse ela: – “…por mim dá até pra acelarar um pouquinho!”. Já tinhamos corrido 15 km e ela estava “guardando” energia, vê se eu posso!

Na mesma hora respondi pra ela: “- Então pode fazer o ritmo que eu te sigo…”, e lá foi ela acelerando. O ritmo que já estava bom, ficou melhor ainda, passamos a rodar abaixo de 6’00”/km, e no km 17, um ponto considerado crucial nas meias maratonas, passamos com pace de 5’35”, nosso melhor pace da prova. O tempo já não era mais problema, começava a ficar óbvio que chegaríamos antes de 2:30h.

nyc half 018A Juliana nesse momento não conseguia mais falar, estava sentindo o ritmo mais forte, me pediu pra não falar com ela e seguir no mesmo ritmo. Ela se concentrou de tal jeito, que às vezes eu olhava e via ela correndo de olhos fechados, focada na respiração. Eu que não era louco de atrapalhar, fui me divertir com a torcida e atrações ao longo do caminho, e tinha de tudo: staffs e treinadores gritando “good job, good job, you can do it!”, cheerleaders dançando ao som de bandas e até policiais gritando e aplaudindo a passagem dos corredores. Como falei antes, a torcida nesse trecho era menor, mas não deixava de ser empolgante.

A cada apito de 1km do Garmin, a emoção crescendo, o sonho de completar a primeira meia maratona em Nova York, ia se tornando realidade. Ao passar pela cronometragem da prova nos 20km, somente 1.000 metros nos separavam da nossa medalha de finisher e de alcançar um objetivo que nos exigiu muito treino, dedicação e companherismo.

nyc half 017Faltando exatamente 800m para a linha de chegada, entramos no túnel que passa sob o Bryant Park, mais uma surpresa da prova. A gritaria lá dentro era grande e a empolgação de estar chegando ao fim tomava conta de todo mundo que cruzava aquele túnel. Ultrapassamos muita gente nesse trecho final, e vimos muita gente penando pra concluir a prova. Percebi então o quão preparados nós estávamos, valeu muito a pena seguir o treinamento a risca.

Saindo do túnel, já era possível ver a placa de 400m, nada mais poderia nos impedir de concluir nossa primeira meia maratona. Depois de dobrar a esquina na Water St. avistamos a linha de chegada, a emoção era incontrolável. Era de arrepiar a vibração da torcida na chegada.

Os últimos 200 metros, foram de extâse total, algo muito difícil de descrever. Dava vontade de ir bem devagar pra que aquele momento se prolongasse. Faltando poucos metros para o final da meia maratona, peguei na mão da Juliana e lado-a-lado, cruzamos a linha de chegada, completando a meia maratona de Nova York em 2:13:39*, praticamente 16 minutos antes do tempo planejado. Era a primeira meia do Casal 21k chegando ao fim.

Depois de cruzar a linha de chegada, nos abraçamos com a sensação de dever cumprido. A Juliana, estava bastante cansada, chegou ao final no limite segundo ela. Eu me sentia bem, cansado claro, mas em condições de correr mais alguns metros se fosse preciso.

Logo depois daquele abraço e do primeiro beijo como um casal de meio maratonistas, pegamos nossas medalhas de finisher, um “prêmio” que certamente ficará guardado com muito carinho na nossa história. A primeira etapa do Projeto Casal 21k estava concluída.

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Resultado Oficial:

Juliana (F33)

Tempo: 2:13:39

Posição Geral: 11.431º de 15.344

Posição no Feminino: 5.108º de 7.883

Posição na Categoria F30-34: 1.168º de 1.757

 

Guilherme (M33)

Tempo: 2:13:40

Posição Geral: 11.435º de 15344

Posição no Masculino: 6.324º de 7.461

Posição na Categoria M30-34: 1.274º de 1.442

Link para os resultados oficiais: CLIQUE AQUI

Registro do Garmin:

quinta-feira, abril 12, 2012

NYC Half ‘12 – O frio da espera, a largada e os 10 primeiros km’s

ny city 112-horzO dia da corrida começou bem cedo, mais precisamente na noite de sábado, quando organizamos nossas roupas e equipamentos e traçamos nossas estratégias para a corrida. Enquanto nos preparávamos para o grande dia, foi impossível não se emocionar e sentir aquele frio na barriga, afinal estava chegando a hora.

Perdi as contas de quantas vezes acordei durante a noite para olhar as horas, a ansiedade e adrenalina já tomavam conta da cabeça e do corpo. Quando o despertador tocou, eu já estava mais que pronto para levantar e ir finalmente encarar a Meia de Nova York.

Acordamos às 5:30h e em poucos minutos estávamos prontos para partir em direção ao Central Park. Aproveitamos que nosso acesso para o curral de largada (é assim mesmo que eles chamam, “corrals”)  era pela rua 72 e fomos correndo para aquecer. Ainda era noite quando saímos (6:00h) e não era possível ainda saber se seria um dia de sol ou não, mas assim que pisamos na rua já tivemos a primeira certeza, seria um dia muito frio.

Quando nos aproximamos da rua 72 pela 5ª av, já avistamos os caminhões da UPS onde deixaríamos nossas sacolas. Os caminhões estavam estacionados ao longo da 5ª avenida, sendo 1 caminhão para cada 1.000 números (ex. Caminhão 17 era para os números de 17.000 até 17.999). Foi bem mais rápido e fácil do que pensávamos fazer a entrega das sacolas nos guarda-volumes, bastava estar com a sacola certa que tinha sido distribuída pela organização e ter colado o adesivo com o número corretamente.

Com as sacolas entregues, nossa próxima parada era o local da largada. Como falei em um post anterior, apesar de estarmos classificados em “cores” diferentes, nossa opção era por largarmos juntos.

ny city 110Aquela multidão entrando no Central Park já começava a mostrar o tamanho da corrida que estávamos prestes a participar, não tinha como não estar orgulhoso de estar ali. Ainda era bem cedo e escuro, por volta de 6:30h, quando encontramos o curral de largada correspondente ao número da Juliana. Como a largada estava prevista para às 7:30h, acabamos tendo que esperar mais de uma hora até o início da corrida.

Esperar por uma hora naquele lugar não seria problema nenhum, pois além de espaço suficiente, cada curral de largada para aproximadamente 1000 corredores, possuía 10 banheiros químicos, o que nos deixou tranquilos quanto aquela vontade que sempre vem antes da largada. Mas o frio acabou se encarregando de tornar essa hora a parte mais difícil de toda meia maratona.

O dia foi amanhecendo e o sol não apareceu, o frio que já era grande, foi aumentando com o passar do tempo. Fazia 5ºC e estava muito úmido naquela manhã, quase congelamos, não adiantava nem ficar se mexendo o tempo todo. Quanto mais frio nós sentiamos, mais o tempo demorava a passar, o negócio então era tentar se distrair e aguentar.

ny city 118Num desses momentos de distração, uma senhora que também estava ali para correr a meia, nos viu tentando tirar uma “auto-foto” e se ofereceu para nos ajudar. Depois de tirar a foto pra nós, ela com muita simpatia perguntou o que estava escrito na nossa camiseta, foi então que me lembrei da lição do meu amigo Nilton Generini no facebook uns dias antes, quando corrigiu outro louco por corridas, o Enio, que assim como eu, achava que era “Crazy for Run”. Segundo o professor Nilton, a tradução correta para “ Loucos por Corridas ”  seria “ Mad about Running ”, não tive dúvidas e tasquei rapidamente o “Mad about Running” na resposta, e colou! Ela achou legal e engraçado, percebi que outros corredores ao redor também se viraram para olhar, era a camisa do Loucos por Corridas fazendo sucesso em NY!

Mas o frio era demais, e faltando uns 15 minutos para a hora da largada, nós já estavamos abraçados para nos esquentar. Parecia aquela cena de pessoas tentando sobreviver no polo norte. Foi realmente díficil aguentar aquele frio só de calção, camiseta e boné, principalmente para quem a 3 dias atrás vivia nos 30ºC de Floripa.

ny city 122Às 7:30h escutamos o sinal de largada e os gritos do narrador, todo mundo começou a se aglomerar, mas só as 7:40h é que começamos a caminhada em direção a linha de largada. Naquele momento o que sentíamos era um alívio tremendo de poder começar a correr e acabar com aquele frio.

A caminhada até a linha de largada foi uma legítima procissão. Demorou 30 minutos até que chegassemos ao ponto de partida. Quando estavámos a uns 200 metros da largada, pudemos ver os corredores da elite passar ao nosso lado, na outra metade da avenida, prestes a completarem os primeiros 10km.

Faltando 100 metros para finalmente cruzar a linha de largada, a caminhada começou a se transformar em corrida, e o coração começou a bater mais forte. Estavamos a alguns passos de disparar o cronômetro para nossa primeira meia maratona.

catsUma das coisas que mais chamaram nossa atenção nesse momento, foram várias pessoas tirando os agasalhos e jogando para os lados. Toda aquela roupa usada pelos corredores para aguentar o frio antes da largada era “jogada fora” deixando as calçadas e grades cheias de moletons, casacos, camisetas, luvas, gorros e etc.. Tudo isso seria depois coletado pela organização para servir de doação aos que precisam. Achamos uma atitude fantástica e que pode muito bem ser copiada por nós!

 

 

Os primeiros 10km’s

ny city 1293, 2, 1….e lá vamos nós, cruzamos a linha de largada exatamente as 8:03h, a partir dali tudo o que sonhamos para aquele dia começava a se tornar realidade, cada passo dado reduzia a distância entre nós e nossa medalha de finisher da NYC Half Marathon 2012.

Nosso objetivo era terminar e se possível em 2:30h, para isso nosso pace médio deveria ser de 6’30”. Como sabíamos que os primeiros 10km seriam com relevo variado, decidimos sair com um pace bem leve, entre os 6’30” e 7’00”. Foi um pouco difícil conter a empolgação inicial em meio a tanta gente afim de correr, mas nessas horas é olho no garmim e concentração total.

Antes mesmo do km 5, o relevo variado já começava fazer algumas vítimas. Vimos muita gente caminhando nas subidas que nem eram tão ingremes assim, era o preço por ter acelerado demais no início. Nós felizmente conseguimos correr o tempo todo e passamos pelo sobe e desce do Central Park sem problemas.

ny city 132Num dos trechos do lado oeste do Central Park, onde a subida era mais ingreme e muita gente ia caminhando, virei para a Juliana e lembrando de uma das nossas melhores corridas, fui obrigado a dizer: “– Esses aí não aguentariam correr os 10km de Angelina!”

Tanta novidade a nossa volta e a torcida animada gritando e tocando os sininhos durante todo percurso, fizeram com que os primeiros km’s dentro do Central Park passassem muito rápido, não dava nem tempo de pensar em cansaço. Mas lá pelo 7º km quando a adrenalina já tinha baixado um pouco e começamos a ficar mais a vontade na prova, eu senti que estava me esquecendo de alguma coisa muito importante.

ny city 134Toda aquela ansiedade pré-prova, todo frio da espera e a descarga de adrenalina da largada me fizeram esquecer de um detalhe muito importante daquele dia especial: ERA ANIVERSÁRIO DA JÚ!!!

Isso mesmo, eu só me lembrei que era aniversário dela, lá no 7º km. Não sei ao certo se ela já tinha lembrado e estava me testando, mas na mesma hora que me dei conta do meu esquecimento, comecei a cantar o “Parabéns a Você” em alto e bom tom pra ela. Daquele ponto em diante comecei a gritar para os torcedores e staffs que estavam nas calçadas que era aniversário da Jú, a maioria gritava de volta desejando um “Happy Birthday” na maior felicidade. Foi engraçado!

Agora a festa estava completa, estavamos em New York, estreando nas meias maratonas e comemorando o aniversário da Jú.

No final da volta pelo Central Park, quando completamos 10 km’s (1:05:48), ficamos mais confiantes ainda, pois além de estarmos nos sentindo muito bem e já ter percorrido quase metade da corrida, a pior parte do trajeto já tinha ficado para trás. Da 7th Av. em diante só teríamos trechos planos e descidas leves pela frente. Dali por diante, era só sorrir bastante, continuar curtindo o visual de New York e correr mais 11km até a festa da chegada.

Assista o vídeo com esses 10km iniciais da participação do Casal 21k na Meia de Nova York.

sexta-feira, abril 06, 2012

NYC Half ‘12 – O último treino.

ny city 047Depois de pegar os números na quinta-feira, nos restava cumprir a última tarefa passada por nossa coach Mariana para antes da meia maratona. Um treino leve de 25 a 30 min, com 10 tiros fortes de  segundos no meio do treino.

Programamos este treino para sexta pela manhã. Nossa intenção era aproveitar esse último treino para experimentar as roupas e acessórios que iríamos utilizar no dia da corrida, e claro, nos ambientar com o horário e temperatura de Nova York.

Quando acordamos na sexta e olhamos a temperatura no celular, já tivemos o primeiro susto, o termômetro marcava 6ºC, mas o pior foi quando olhamos pela janela, e vimos que além do frio tinha um “fog” e uma chuva fininha para nos acompanhar no treino.

Por um lado, aquele cenário foi um tanto desanimador, pois não era o que esperávamos para nossa primeira corrida em NY, mas por outro lado, foi muito bom para fazermos os testes e escolhas de roupas e acessórios que deveríamos utilizar no dia da corrida.

ny city 035Como estávamos treinando com temperaturas altas, foi bom experimentar o clima antes da prova, posso garantir que essa experiência pré-prova contribuiu muito para diminuir um pouco a ansiedade e ganhar confiança para nossa estreia em meias maratonas.

Chegamos no Central Park por volta das 8:30am, e logo vimos que não éramos os únicos “loucos” a treinar naquele dia feio e frio, várias pessoas estavam lá fazendo seu treino diário, aliás o tempo todo que estivemos por NY, vimos corredores em diversos lugares, treinando independente de clima e temperaturas.

Fomos direto para o Jacqueline Kennedy Onassis Reservoir, um reservatório de água no meio do Central Park, que possui uma pista exclusiva para corredores ao seu redor. Nessa pista é proibido passear com cães, andar de bicicleta ou passear com carrinhos de bebê, deixando o caminho livre para uma corrida ou caminhada sem obstáculos. O piso é um pó de pedra, que apesar de sujar os tênis, é bem confortável para correr. Outra regra é a obrigatoriedade de correr ou caminhar no sentido anti-horário.

ny city 040Demos uma volta completa no JKO Reservoir, para fazer o aquecimento e partimos para o asfalto da avenida do Central Park, para fazermos os 10 tiros de 6 segundos de sprint. Essa avenida sinuosa com um relevo suave, dá a volta em todo interior do Central Park, e faz parte do percurso da meia, mais precisamente, os primeiros 10km de corrida.

O interessante nesta avenida, era a delimitação de espaços para carros, bikes e pedestres. Dividida em 4 faixas, duas eram destinadas para carros, com velocidade máxima de 20 mph, uma destinada para bikes, e a outra para as pessoas caminharem, passearem com cães e claro, correrem.

ny city 044Apesar do dia feio, o primeiro contato com o Central Park foi de impressionar, é realmente um exemplo de organização dos espaços urbanos para pessoas, tudo devidamente conservado e fiscalizado, tanto pelas equipes de manutenção do próprio parque como pelos cidadãos nova-iorquinos. Numa megalópole como Nova York, que tem todos motivos para ser um caos, é um lugar tranquilo e organizado, local perfeito para esquecer a correria do dia-a-dia.

Nosso treino que deveria durar entre 25 e 30 minutos, acabou virando um trote de 40 minutos. Com tantas novidades ao redor, nossa distração fez o tempo passar muito rápido, mas no fim foi melhor assim, pois além de aquecer o corpo num dia muito frio, a corrida ajudou a baixar um pouco a adrenalina de estar a um dia da estreia em meias maratonas e em Nova York.

Acabamos esse treino com uma sensação muito boa, de que depois de muito treino, agora SÓ faltavam 21km para completar nossa primeira meia maratona e cumprir a primeira missão do Projeto Casal 21k.

Veja o vídeo que fizemos durante este último treino. Repara na alegria da dupla e no dia feio e cinzento que estava.

Como foi a primeira vez que ligamos o Garmim nos EUA, ele demorou para reconhecer o satélite corretamente. Serve até de dica: quando for para lugares longes de onde você costuma correr, lembre de ligar o Garmim com antecedência para não ter surpresas na hora H. Além disso, demorei um pouco pra lembrar de desligar, com tanta novidade o Garmim ficou esquecido.

De qualquer forma aí está o treino registrado:

quarta-feira, abril 04, 2012

NYC Half ‘12 – A Expo

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Nosso primeiro contato com a meia de Nova York aconteceu logo no dia do nosso desembarque, na quinta-feira dia 15 de março, quando fomos até a Expo da competição para retirar o Kits.

Ver de perto a feira desse evento, era uma das curiosidades que tinhamos, principalmente pela expectativa de encontrar novidades em equipamentos para corredores e promoções de tênis e roupas para corrida.

Encontrar o local da Expo não foi difícil, pois a linha do metrô nos deixava  muito próximo, e como Nova York é toda planejada em sistema de grade, fica muito fácil localizar um endereço.

ny city 012Chegando no local, fomos diretamente retirar os Kits. Apesar de a Expo ter um bom movimento de pessoas, os guichês para retirar o número e chip estavão praticamente vazios. A distribuição era por ordem alfábetica do último nome cadastrado na inscrição. E por coincidência o meu e da Juliana ficaram na letra “D”, pois ela é Dias Wutke e eu da Silva Preto de Oliveira, isso mesmo, eles classificaram o “d” do “da Silva” como a primeira letra do meu último nome.

Óbvio que corri três guichês até descobrir que meu número estava na letra “d”, mas mesmo com todo engano e desentendido, não demoramos mais que 5 minutos para pegar os kits dos dois. Um panfleto com informações essenciais para o dia da corrida era entrgue junto, o que esclarecia praticamente todas as dúvidas que poderiam existir. Além disso, vale destacar a simpatia dos atendentes, que estavam preparados para dar todas orientações necessárias.

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Recebemos os números e com eles alguns mistérios começaram a ser desvendados, como por exemplo qual nossas classificações de cores?!. Já sabíamos que as zonas de largada eram separadas por números e cores, mas só quando recebemos os números é que descobrimos em que cor estavamos classificados. Eu fiquei com a cor roxa e número 17156 e a Jú com o prata e número 19179, essa definição foi importante pois com ela podemos traçar nossa estratégia e logística para antes e depois da corrida.

Depois de pegar os números e chips, a gente era encaminhado para retirar as camisetas e o restante do kit em outro balcão. Era só destacar o cupom que vinha preso no número, pegar a camiseta e a sacola transparente que seria utilizada para deixar nossas coisas no guarda-volumes no dia da prova.

Feito esse processo, estavamos finalmente livres para explorar a feira, e aproveitar as amostra grátis!

ny city 008Sinceramente, eu esperava uma feira maior, com mais variedade de lojas e marcas, além de algumas promoções atraentes. Mas o que vimos foram poucos estandes que valessem realmente a pena. Uma única loja, a NY Running, fazia uma grande promoção, com um tênis por US$ 60 ou dois por US$ 50/cada, o problema era achar o tamanho e modelo que se adequassem a você.

No meu caso não encontrei nenhuma opção, pois meu tamanho (10,5) é muito procurado, os homens que calçam entre 8 e 9 tinham muito mais opções. Entre as mulheres as opções eram variadas e a Jú que calça 7, não teve problemas para escolher um tênis para ela.

Nessa mesma loja, compramos algumas roupas com 50% de desconto, a maioria roupa para frio, já que eles estão liquidando antes de começar o verão de lá.

ny city 010Outro estande interessante era da Gone for a Run, que tinha muitas “bugigangas” para os amantes do esporte, desde adesivos e camisetas, até esculturas e porta medalhas, o lado ruim é que achamos tudo muito caro.

A Paragon Sports, uma das maiores e melhores lojas de esportes de NY, não vendia os produtos na Expo, mas dava uma cartela com descontos de até 20%, para irmos gastar na loja que ficava a 3 quarteirões da expo. Esses cupons acabaram sendo muito úteis para comprarmos nossos novos tênis na semana seguinte.

A Motorola também estava na exposição apresentando seu novo Motoactv. Pelo que vi realmente é uma ferramenta bem interessante e acima de tudo completa. O mais interesante é o valor, que custava lá em NY, US$ 269,00, cem doláres a menos que o concorrente da Garmim.

Algumas ONGs também estavam presentes, mostrando mais uma vez como esse esporte está diretamente ligado com o exercício de solidariedade e sempre em busca de um mundo melhor. Muitas Instituições de caridade participaram de ações ligadas a meia maratona de Nova York, através da arrecação de fundos promovida pela internet (crowdfunding), desde ajuda a pessoas com câncer até a defesa dos animais foram beneficiadas com a ajuda de milhares de amantes do esporte. Na minha opinião, em um país que precisa tanto de solidariedade, este tipo de exemplo devria ser seguido, aproveitando o “bum” de eventos e promover campanhas sociais em cada um deles. Campanhas do agasalho, arrecadação de alimentos e etc. nunca são de mais!

ny city 014Um produto que conhecemos e compramos nessa feira, é o The Stick”, uma barra com argolas utilizado para uma auto-massagem, agindo diretamente nos pontos de dor que estão incomodando. Mais tarde vou fazer um post específico sobre esse equipamento, mas posso adiantar que achei muito legal e as vezes que utilizei, realmente funcionou.

Mas as amostra grátis de granolas, barras de cereais e outros produtos nutritivos, foram o grande destaque dessa Expo, e garantiram nosso lanche da manhã e da tarde. Nem lembro a marca, muito menos o nome do sabor, mas todas as barrinhas que provei, e foram muitas, eram ótimas.

Quando fomos embora da feira, veio aquela sensação de – “….tá tudo na mão agora só falta a corrida, chegou a hora…” ,com os números na mão, nada mais nos impediria de correr os 21km da NYC Half ‘12.

Próximo Capítulo:

- A história tá só começando, no próximo post vou contar sobre nosso último treino, a chegada no Central parque as 6:00, o frio congelante da largada e os 7 km iniciais.

terça-feira, abril 03, 2012

Senta, que lá vem a história....


Depois de estender a viagem em Nova York, finalmente estamos de volta em Floripa e prontos para contar todos detalhes da nossa estréia nos 21km.

A partir desta quarta-feira vamos contar aqui no Blog tudo que se passou antes, durante e depois da nossa primeira missão do Projeto Casal 21k.

A Expo, a organização, o frio da espera, o calor humano, a ansiedade, a longa caminhada até a largada, o percurso, a torcida, os últimos 800m, a chegada e a festa, por onde passamos, o que vimos e descobrimos em Nova York, tudo será contado aqui no Correr Vicia.

Além disso, a volta aos treinos e o caminho até a Meia de Floripa, o próximo desafio do PC21k.
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